Chove mansamente em Maputo, noite, a temperatura baixou, 16 graus. De viatura, sondo a Polana, as ruas estão desertas. Numa rua seis guardas privados estão acocorados em torno de uma fogueira. À porta de um banco o namorado beija a namorada, ele é muito magro, ela é bem forte, coisa dialéctica. Junto a um restaurante ainda há dois arrumadores de carros e um vendedor de cigarros. Em frente a um talho recheado, lá está aquele homem deitado, embrulhado num lençol, tem camisola e meias e três garrafas de água mineral junto de si, duas vazias, uma semi-cheia.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
1 comentário:
Poesia, remédio para saudades,obrigado!
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