04 outubro 2006

Dlakhama e a memória da guerra

Hoje, 4 de Outubro, assinala-se o 14º aniversário dos acordos de Roma, entre a Frelimo e a Renamo, após uma guerra civil cruel que durou 16 anos. Mas justamente hoje, em intervenção pública reproduzida pela Rádio Moçambique no jornal das 19.30, o Sr. Afonso Dlakhama, presidente da Renamo, referindo-se à pressão dos seus generais, não excluiu o regresso à guerra se a Frelimo "não recuar" (sic).

5 comentários:

Anónimo disse...

Uma tristeza.

Carlos Serra disse...

A posição de Dlakhama precisa de ser estudada, profundamente estudada. Até que ponto ela é uma posição individual? Até que ponto ela expressa também a posição global da Renamo? Por que razão a afirmação é feita estando nós ainda relativamente distantes dos pleitos eleitorais a começar no próximo ano? Qual a sua relação com a crise que é suposta existir na Renamo? Qual o peso da ala militar e/ou para-militar no partido? Qual a popularidade que a Renamo tem hoje? Estará Dlakhama a anunciar desde já uma estratégia política de desgaste visando ganhos pré-eleitorais? Se sim, de que tipo é essa estratégia? Etc. É sempre possível multiplicar as perguntas de partida.

Anónimo disse...

Se calhar faltam mais perguntas...Que reais desgastes o adversário tem praticado sobre essa gente? Se calhar assim ficaríamos menos ao sabor da história dos maus e bons.

Carlos Serra disse...

Nao exclui esse tipo de perguntas. Releia o meu comentario.

Carlos Serra disse...

Se um dia puder, leia Jasay, Anthony de, "L´État, la logique du pouvoir politique". Paris: Les Belles Lettres, 1985.