Na entrada anterior, alguém me perguntou se os linchamentos eram "actos racionais".
Em lugar de lhe responder lá, preferi responder aqui, de forma mais aberta, mais pública.
Evidentemente que todo o linchamento é moralmente condenável e irracional.
Todavia, na minha análise eu procurei situar-me não no papel do cidadão, mas no do sociólogo.
E, a esse nível, o fundamental é compreender a racionalidade do que nos parece irracional, a lógica dos que nos parece ilógico, o sentido do que parece não o ter, por muito que isso nos custe.
Adulterando um pouco uma máxima de todos conhecida, a emoção tem razões que a razão não conhece.
Estudar e analisar os sub-mundos colectivos dos nossos actos, gostemos ou não deles, é uma das tarefas da sociologia.
Portanto, não se tratou de fazer um julgamento, mas uma análise.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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1 comentário:
TE ACABO DE PONER EN MI BLOG... GRACIAS POR ESTA RELACION RECIPROCA...
"UNA MIRADA DESDE LA ALCANTARILLA ES UNA VISIÓN DEL MUNDO, LA REBELIÓN CONSISTE EN MIRAR UNA ROSA HASTA PULVERIZARSE LOS OJOS"
ALEJANDRA PIZARNIK
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