Escola Primária de Quelimane, edifício histórico, centro da cidade, em frente do Governo Provincial, ao lado do Conselho Municipal e da Esquadra da Polícia. Fotos tiradas pela Prof.ª Fátima Ribeiro.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
8 comentários:
Muito histórica para mim essa escola. Foi nela ou melhor no posto que funcionou nela, onde em 1994 pela primeira vez exerci o direito de escolher quem achei que devia dirigir o meu país. Foram as primeira e últimas eleições em que participei. Em todas as outras que se seguíram, tive a sorte ou o azar de me encontrar fora do país, onde não pude votar. O estado em que se encontra me parece muito degradado para uma escola que se encontra num ponto chave como é o caso dela.
Para um edifício com tanta história, por onde passaram milhares de alunos, situado numa zona nobre da cidade e numa cidade com carências a nível da educação, é de lamentar terem deixado chegar ao estado de degradação a que chegou.
A estrutura lá está, firme, rígida, bonita, vestígios de um tempo em que houve preocupação por qualidade na construção civil. Mas o resto é só desorganização, vandalismo e deixa-andar: os vidros, as redes, as carteiras, a falta de limpeza e higiene, os palavrões que se vêm escritos nas paredes voltadas para a sede da OJM. As redes foram repostas no ano passado e veja-se o estado em que estão. Com a localização que tem, ninguém vê roubarem-se carteiras e secretárias?
Desculpem-me, mas chamam a isto uma escola?
Quando será que alguém mete na cabeça ( mas principalmente no coração) que se mede o desenvolvimento de um país, pelo dinheiro e esforços dispendidos nos sectores da educação e da saúde?
E' neste estado em que "transformaram" a minha escola? Qvo Vadis "Mussa-al-bique"?
Esta deve ser mais uma "aprontadela" do Azagaia......ou entao da "mao externa"!
Oh Micas, no meu país o desenvolvimento se mede pelo dígitos, pelos números. Se mede pelo FMI, pelo Bando Mundial...coisa muito técnica de entender, difíceis de apalpar. No meu país o desenvolvimento se mede por quantas escolas se construíram, a qualidade e durabilidade das construções não interessa. No meu país o desenvolvimento se mede por quantos centros de saúde se construíram. Se chegaram a funcionar, tem equipamento e pessoal suficiente não interessa. No meu país não interessa a qualidade do ensino, basta que a rede escolar continue em expansão. Não interessa oque o povo diz, basta que o FMI e o BM diga "sim e amén"
Meu Deus! Nunca pensei!
Frequentei a 3ª e a 4ª classe nesta Escola (Vasco da Gama na altura). Ainda tenho o Diploma da 4ª Classe, com 17 valores e Distinção. Dispensei do exame de Aptidão ao Liceu. Meu Pai era o Inspector Escolar da Zambézia na altura e minha Mãe Professora nesta mesma Escola. Aqui também andava meu irmão.
Era o Pimpão um dos Serventes da Inspecção Escolar (no 1º andar).
Foi o filho do Pimpão quem deu pela primeira vez pela presença de leões a deambular à noite, por entre os edifícios da Escola. Estava-se no ano de 1950.
Meu Deus!
Nesses tempos ainda a "Escola era risonha e franca!"
Um abraço amigo ao Prof Carlos Serra (em Maputo) e a todos os antigos e actuais Quelimanenses.
PS. Nunca mais me esqueci dos números em chuabo: Modá, bili, tarro, nai, tano, tan'á modá, tan'á nai, cumi, cumi ná modá... etc.
CésarMorais - 70 Anos - Viseu/Portugal
(reismorais@gmail.com)
Profº Carlos Serra
Estas imagens recordam a minha feliz escola primária nos idos da década de 60.
Muito obrigado pela partilha.
Carlos Araújo - Portugal
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