Quinto número da série. Escrevi no número anterior que podiam ser consideradas duas submodalidade de mexeriquismo político de contrapropaganda: a dos meios de comunicação social (com ou sem ligações com os serviços de inteligência) e a dos serviços de inteligência. Algumas considerações sobre a primeira. Certos meios de comunicação social são férteis em trabalhos cheios de detalhes e de sensacionalismo primário, nos quais, perante adversários políticos considerados perigosos, é desenvolvida a tese de que membros (cujo "anonimato" é salvaguardado, ressalvam esses meios) do partido X, por exemplo, vieram contar que o seu líder é tirano e regionalista e que reina grande descontentamento no seio dos militantes. O recurso a detalhes, a episódios rocambolescos, a horas, a locais e a nomes fictícios parece sugerir uma ligação sombra com serviços de inteligência e, portanto, um preparo laboratorial intencionalmente estruturado.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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