Continuamos a viver em Moçambique momentos de intensa paixão política. Esta paixão política é especialmente visível nas análises e nos comentários que vão surgindo a propósito dos resultados provisórios fornecidos seja pelo Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, seja pelo Observatório Eleitoral. Análise e comentários feitos em blogues (em particular nos do copia/cola/mexerica), nas redes sociais digitais (em especial no Facebook) e em certos jornais digitais.
De forma clara, estão em luta, directa e/ou indirecta, duas linhas analíticas: a linha do positivo e a linha do negativo.
A primeira linha dá ênfase aos aspectos eleitorais positivos, aos elogios dos observadores nacionais e internacionais e à posição cimeira nos resultados provisórios de Filipe Nyusi e do Partido Frelimo. Não recusa os aspectos negativos, mas atribui-lhes um papel inteiramente secundário e aleatório. A sua tese é esta: o sistema eleitoral funcionou globalmente bem, as pequenas mazelas não o afectaram e a vitória de Nyusi e a da Frelimo são legítimas.
A segunda linha dá ênfase aos aspectos eleitorais negativos, às críticas dos observadores nacionais e internacionais e, entre o que entende serem inúmeras irregularidades, à fraude. A esta posição estão agregados ciberprodutores e disseminadores do boato de que a Frelimo organizou a fraude através de uma empresa israelita especializada em software e sistemas eleitorais, à qual pagou uma fortuna. A sua tese é esta: os resultados da Frelimo estão viciados por um sistema eleitoral intencionalmente falsificado.
Entretanto, em meio ao bulício das paixões, das tormentas, dos jogos políticos e dos boatos, maquiavélica surge a posição de Afonso Dhlakama: propõe não uma impugnação jurídica das eleições, mas uma negociação política dos resultados. Aqui. É em momentos como este que, na verdade, o Maquiavel de "O Príncipe" é útil no sentido de aprendermos que não basta ser leão: “Como o leão não se sabe defender das armadilhas e a raposa não se sabe defender dos lobos, é necessário ser raposa para conhecer as armadilhas e leão para meter medo aos lobos. Os que querem fazer apenas de leão não percebem nada do assunto”.
De forma clara, estão em luta, directa e/ou indirecta, duas linhas analíticas: a linha do positivo e a linha do negativo.
A primeira linha dá ênfase aos aspectos eleitorais positivos, aos elogios dos observadores nacionais e internacionais e à posição cimeira nos resultados provisórios de Filipe Nyusi e do Partido Frelimo. Não recusa os aspectos negativos, mas atribui-lhes um papel inteiramente secundário e aleatório. A sua tese é esta: o sistema eleitoral funcionou globalmente bem, as pequenas mazelas não o afectaram e a vitória de Nyusi e a da Frelimo são legítimas.
A segunda linha dá ênfase aos aspectos eleitorais negativos, às críticas dos observadores nacionais e internacionais e, entre o que entende serem inúmeras irregularidades, à fraude. A esta posição estão agregados ciberprodutores e disseminadores do boato de que a Frelimo organizou a fraude através de uma empresa israelita especializada em software e sistemas eleitorais, à qual pagou uma fortuna. A sua tese é esta: os resultados da Frelimo estão viciados por um sistema eleitoral intencionalmente falsificado.
Entretanto, em meio ao bulício das paixões, das tormentas, dos jogos políticos e dos boatos, maquiavélica surge a posição de Afonso Dhlakama: propõe não uma impugnação jurídica das eleições, mas uma negociação política dos resultados. Aqui. É em momentos como este que, na verdade, o Maquiavel de "O Príncipe" é útil no sentido de aprendermos que não basta ser leão: “Como o leão não se sabe defender das armadilhas e a raposa não se sabe defender dos lobos, é necessário ser raposa para conhecer as armadilhas e leão para meter medo aos lobos. Os que querem fazer apenas de leão não percebem nada do assunto”.
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