Quando analisamos a violência política, a regra consiste em vê-la expressa de forma física, digamos que material: agressões, destruições e tiros. É nesse sentido que os órgãos de informação reportam que a campanha eleitoral foi pacífica ou violenta. Por exemplo, é nesse quadro que aqui e acolá se lê e se diz que, no geral, a campanha eleitoral deste ano em Moçambique foi pacífica.
Porém, a violência política tem múltiplas formas de expressão.
A violência verbal, a violência expressa sob forma de palavras, pode ser tão violenta ou mais do que a clássica violência física. E pode, até, ser bem mais letal.
Afirmar, por exemplo, que a vitória do partido A deve ser "retumbante e asfixiante" (sic), como foi publicamente expresso numa rede social, é uma forma absoluta de violência violenta.
Afirmar publicamente que "já ganhei" ou que "já ganhámos" antes que se vote e se conheçam os resultados, é bem mais do que um exercício de valentia balofa, é um exercício de violência violenta.
Por isso é sempre importante conhecer e analisar as relações sociais que geram as múltiplas formas de violência social e, em particular, de violência política, as múltiplas formas de aniquilamento, físico e/ou verbal, do (s) adversário (s). Violência a montante que gera violência a jusante.
Quanto mais conhecermos as causas da violência social - no caso vertente, política -, mais capazes seremos de a prevenir. A violência social não se combate com cruzadas de falsa moral nem com tiradas de criminalização barata, mas com o conhecimento rigoroso e honesto das infra-estruturas sociais e mentais que a ela conduzem ou podem conduzir. De nada serve mostrar continuamente em inúmeras instâncias de debate e persuasão que a violência é desnecessária e nociva, se não forem continuamente desarmadas as condições sociais que continuamente armam as mentes.
Porém, a violência política tem múltiplas formas de expressão.
A violência verbal, a violência expressa sob forma de palavras, pode ser tão violenta ou mais do que a clássica violência física. E pode, até, ser bem mais letal.
Afirmar, por exemplo, que a vitória do partido A deve ser "retumbante e asfixiante" (sic), como foi publicamente expresso numa rede social, é uma forma absoluta de violência violenta.
Afirmar publicamente que "já ganhei" ou que "já ganhámos" antes que se vote e se conheçam os resultados, é bem mais do que um exercício de valentia balofa, é um exercício de violência violenta.
Por isso é sempre importante conhecer e analisar as relações sociais que geram as múltiplas formas de violência social e, em particular, de violência política, as múltiplas formas de aniquilamento, físico e/ou verbal, do (s) adversário (s). Violência a montante que gera violência a jusante.
Quanto mais conhecermos as causas da violência social - no caso vertente, política -, mais capazes seremos de a prevenir. A violência social não se combate com cruzadas de falsa moral nem com tiradas de criminalização barata, mas com o conhecimento rigoroso e honesto das infra-estruturas sociais e mentais que a ela conduzem ou podem conduzir. De nada serve mostrar continuamente em inúmeras instâncias de debate e persuasão que a violência é desnecessária e nociva, se não forem continuamente desarmadas as condições sociais que continuamente armam as mentes.
1 comentário:
E uma das condições sociais que propicia o arregimentamento armado das mentes é, sem dúvida, a fraude eleitoral, a validação de uma falsa vitória .
Consta, por exemplo, que um dos instrumentos eleitorais que não foi aditado é precisamente o software através do qual todo o processo de vai governar e validar. Ora, como podem as chancelarias ocidentais que nos financiam a democracia permitir uma tal violência? A troco de que interesses superiores?Será que os contratos sobre os nossos recursos valem assim tão acima de nós?
A fraude, Professor, é a violência eleitoral que arma com legitimidade as mentes.
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