Editorial do "Notícias" de 2009: "O reitor da UEM diz que isso é bom para o país e para os estudantes, mas em momento algum nos é dado a saber por que é que isso é bom para o país e para os estudantes. Não nos dizem se isso resulta, sobretudo, de uma conclusão estrutural sobre o modelo do Ensino Superior que, como país, queremos, ou é produto do seguidismo global, independente do contexto."
Com destaque, o jornal digital "O País" reporta hoje que a Universidade Eduardo Mondlane vai regressar no próximo ano às licenciaturas de quatro anos (sete para Medicina), eliminando o modelo de Bolonha de três anos introduzido há três anos. Aqui.
Observação: neste diário existem várias postagens sobre a mentalidade de Bolonha. Recorde aqui, aqui e aqui. Recorde duas séries minhas, uma inacabada, com o título Processo de Bolonha e cursos macdonald, aqui; outra intitulada O risco do ensino superior cura-tudo, aqui.
Observação 2 às 6:19: sejam quais forem os ângulos de análise e crítica que adoptarmos, tenho para mim que a decisão é acertada.
Observação 3 às 6:48: talvez não fosse má ideia fazer-se um estudo de percepções e resultados obtidos com o modelo de Bolonha.
Com destaque, o jornal digital "O País" reporta hoje que a Universidade Eduardo Mondlane vai regressar no próximo ano às licenciaturas de quatro anos (sete para Medicina), eliminando o modelo de Bolonha de três anos introduzido há três anos. Aqui.
Observação: neste diário existem várias postagens sobre a mentalidade de Bolonha. Recorde aqui, aqui e aqui. Recorde duas séries minhas, uma inacabada, com o título Processo de Bolonha e cursos macdonald, aqui; outra intitulada O risco do ensino superior cura-tudo, aqui.
Observação 2 às 6:19: sejam quais forem os ângulos de análise e crítica que adoptarmos, tenho para mim que a decisão é acertada.
Observação 3 às 6:48: talvez não fosse má ideia fazer-se um estudo de percepções e resultados obtidos com o modelo de Bolonha.
12 comentários:
Pena foi não se ter evitado o problema logo no início. Sobre o estudo proponho especial atenção à Biologia e à Medicina.
Sensatez!
Tal como chegou, A Bolognesa foi-se, sem apelo, nem agravo. E sem ser percebido por ninguem...
Mas quanto custou esta aventura?!
E quando e que o sr. Ministro da Educacao se vai convencer tambem que as passagens administrativas tambem nao servem para ninguem em Mocambique? Siga o exemplo do Reitor da UEM. Acabe com a farsa escolar.
Onde é que estavam estes senhores que hoje dizem que "isso é bom para o país e para os estudantes" quabdo se adoptou o curriculo actual? Não tinham nessa altura argumentos suficientes para mostrar os decisores daquela época que "aquilo não era bom para o país e para os estudantes"?
Parabéns à UEM! Prevaleceu o bom senso! Já chega de promoção da mediocridade!!!
Finalmente, ainda bem.
Chegaram ventos da história.
Depois procuramos os médicos da RSA...
Correrias aventureiras. Vai-se corrigir, melhor tarde do que nunca.
Concordo com o Ricardo, e...,
A educacao basica ( primaria ) 'e muito importante,
o "Next Change" tem que ser na primaria.
Independentemente de todas as criticas que possamos formular a actual Direccao da UEM, por ter sido cumplice na adopcao do Curriculo ora chumbado pelo Conselho Universitario na ultima sexta-feira, penso que esta decisao do Elenco dirigido pelo Professor Doutor Orlando Quilambo, foi acertada. Nao vale a pena perpetuar-se um erro somente por ter sido parte da equipa que cometeu esse mesmo erro. Mais vale tarde do que nunca. Recomendo que a Dirreccao da UEM, evite no entanto um outro erro: efectivar a decisao tomada pelo Conselho Universitario da UEM, antes da Assembleia da Republica aprovar a alteracao da Lei do ensino Superior que autorizou a introducao do novo curriculo em 2009. Se estiverem recordados, na altura ( 2008), o reitor Padre Couto, introduziu um novo curriculo sem permissao da Assembleia da Republica e somente depois de duras criticas e que o Conselho de Ministros, submeteu uma proposta de revisao da Lei do Ensino Superior na Assembleia da Republica. Nessa altura participei em varios debates televisivos e critiquei com firmeza as mudancas que o Padre Couto pretendia introduzir na UEM. Penso que e chegada tambem a altura de se comecar a exigir responsabilidades pelos erros que se cometem no exercicio de cargos publicos. Pessoas como o anterior Reitor ( padre Couto) deveriam ficar sujeitos a um periodo de quarentena antes de voltar a exercer um novo cargo na funcao publica e ate serem responsabilizados pelo erro cometido. Ja agora saudar a Direccao da UEM por ter reconhecido o erro e ter agido no sentido de se reparar o erro com todas as implicacoes que dai possam advir.
Eu gostaria de saber como se tomam estas decisões. Corrijam-me e ajudem-me os que conhecem:
Será que foi feito algum estudo para se determinar porque temos que mudar? O que vai mudar e quais as consequencias dessas mudanças? Quem vai ressarcir os cidadaos que eventualemente possam ficar prejudicados por estas medidas? Quanto custam ao Estado (a nos pagadores de impostos) estas alteracoes constantes?
Será que o que se vai mudar é apenas o tempo? E porque o tempo? Enfim...eu tenho mais perguntas do que certezas e não estou seguro se os que concordam com a medida já se fizeram estas perguntas. Talvez estejam claros, eu não e ninguém me explicou. Se fosse noutro lugar creio que os cidadãos teriam pedido respostas, mas aqui...
Sei que para a tomada da medida de redução do tempo do curso também nada disso foi feito, estas decisoes devem se basear em estudos profundos e contacto com as pessoas interessadas.
Manuel
Agora devemos amarrar o cinto cada vez que vem um novo reitor. Cada um implementa suas ideias e altera todo o cenário.
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