05 agosto 2011

Dhlakamismo: Clausewitz à moçambicana (7)

Um pouco mais da série.
Passo ao terceiro ponto do sumário, a saber: Dhlakama e Renamo: visão de campo.
Em lugar de vermos o problema pelo prisma dos fenómenos auto-gerando-se, tentemos vê-los pelo prisma de um campo de forças interagindo.
Contrários ao sistema político criado com a independência nacional, Moçambicanos e estrangeiros receberam da Rodésia do Sul e da África do Sul variado apoio para se constituírem como força armada e desencadearem uma prolongada luta guerrilheira. Numa guerra que durou muitos anos e cujo saldo foi e é doloroso, eles foram ao mesmo tempo oponentes internos e instrumentos de forças externas. Hoje, não há indicações de que quer Dhlakama quer o bloco hegemónico da Renamo tenham podido expulsar completamente o aguilhão da guerrilha.
Prossigo mais tarde. Sobre Clausewitz, confira aqui.
(continua)