30 agosto 2011

África enquanto produção cognitiva (30)

Mais algumas ideias nesta série dedicada a mostrar como, através das posições de Hegel no seu livro oitocentista A razão na história - amplamente aqui mostradas -, operou e continua a operar um certo tipo de produção ideologizada sobre África, encaixando os Africanos num molde comportamental generalizado, rígido, imutável e absolutamente desqualificante.
Mas como já escrevi, existe uma africanização de Hegel - neo-hegelianismo africanizado, expressão que propus -, na qual o método consiste em atribuir sinal positivo à matriz daquilo que tinha sinal negativo no colonizador em geral e em Hegel em particular.
Esse processo de africanização, espécie de desforra histórica, tem curso através de dois movimentos racializados, de per si ou combinados: hipervalorização identitária e supremacia institucional.
Prossigo mais tarde.
(continua)

2 comentários:

Salvador Langa disse...

Mudar sem mudar como diz o Professor?

Carlos Candeado disse...

Prof. Um sul Africano diz me que algo esta acontecer na RAS em conexao com o julgamento do Malema