28 agosto 2011

Violentos e calmos (2)

"Do rio que tudo arrasta se diz violento, porém ninguém diz violentas as margens que o comprimem" (Bertolt Brecht).
Um pouco mais desta série.
Creio ser legítimo defender que a nossa concepção de violência baseia-se na violência violenta, é uma concepção muito física, como que quinestésica: um tiro, uma agressão, uma ira sem fronteiras, um discurso, uma manifestação popular, uma carga policial. Quando isso acontece, de imediato salta um fusível perceptivo no comum de nós e dizemos algo como: eis a violência.
Prossigo mais tarde com mais algumas ideias.
(continua)

1 comentário:

Salvador Langa disse...

Ora aqui está ver por baixo da superfície.