Prossigamos mais um pouco esta série.
Escrevi já que o capitalismo produz as infra-estruturas de um múltiplo processo de entorpecimento aproveitado pelas elites políticas e pelos seus intelectuais orgânicos. Considerei três formas culturais de anestesia política:
1. Cultura da informação
2. Cultura do kitsch
3. Cultura do espectáculo
1. Cultura da informação
2. Cultura do kitsch
3. Cultura do espectáculo
Escrevi um pouco sobre a primeira. Passo, agora, brevemente, à segunda.
Com um pouco de atenção, estudando a diversidade de meios e de canais de sensações de massa no país (cromotipos, revistas, ilustrações, programas telerecreativos, anúncios comerciais, música do tipo Nakudjula Hi Doggystile, certo tipo de arte de aeroporto, vestuário, os trabalhos jornalísticos do género faits divers, etc.), podemos verificar a extensão e a densidade crescentes da cultura do kitsch no nosso país.
Trata-se de toda uma cultura de mercadoria, de divertimento, de coisa fácil, de coisa digerida, de coisa sensacional, de eclipse do pensamento crítico. Deixamos de pensar, para apenas sermos cinestesia.
Nem sempre a cultura do kitsch pode ser isolada da cultura da informação e da cultura do espectáculo, sendo muitas vezes ténues as suas fronteiras.
2 comentários:
Acho que há dois conceitos chaves aqui: "attitude" (posture, pose) e "hype" . Trata-se de se fazer observado.O superficial éo que conta, o conteúdo não tem muita importância.
Obrigado pela contribuição!
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