O tom político parece estar a mudar no jornal governamental zimbabweano The Herald: da crítica cerrada passa-se ao apelo à unidade. Assim, o governador do Banco de Reserva, Gideon Gono, afirmou que os diferentes partidos políticos deviam unir-se e lutar contra as sanções que precipitaram uma longa década de espiral económica. É necessário haver o que chamou “coerência política” entre as diversas formações políticas para curar a economia e fazer face ao “ Lúcifer das sanções” (sic) – acrescentou.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
3 comentários:
Então mas as sansões em curso não são apenas o congelamento das contas bancárias de cento e tal dirigentes estatais, em alguns dos países estrangeiros onde as têm, e a proibição de lhes passar vistos?
Mas, de facto, é uma mudança de atitude, embora não ainda de retórica auto-justificativa.
Sigo diariamente o "The Herald" e creio estar certo no que escrevi sobre a mudanca de perspectiva, ate porque Gono é muito influente na ZANU.
As sanções são muito mais do que Paulo Granjo sugere. Incluem, entre outras formas de boicote, recusar ajuda financeira ao Zimbabwe, privando-o das divisas necessárias para a reprodução da sua economia.
Mavihane Tembe
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