30 julho 2008

As mechas em Moçambique (2) (fim)

Deixem-me terminar esta curta série, cujo primeiro número estava esquecido.
E pronto, tal como tinha prometido, os meus estudantes deste ano começaram a organizar-se para pesquisar sobre as mechas.
Tenho, por hipótese, que as mechas são bem mais do que o sinete de um corpo modificado ao nível do couro cabeludo, do que uma janela para a alegria de um novo visual, do que o exercício de uma estética vibrante, do que um utensílio para a sedução. São, também, por um lado, um termómetro do social e uma válvula de escape feminina. Termómetro do social porque, nas longas horas que dura o arranjo do couro, as mulheres (são regra geral várias, reunidas por causa do ritual) passam em revista a vida da família, da comunidade, do bairro, as suas alegrias e as suas tristezas; válvula de escape, porque a mechação é um canal de afirmação, de marcação identitária, frequentemente de protesto contra a dominação masculina.
Em cada mecha anda uma história, em cada história habita uma alma, história e alma das nossas raparigas.
Mas vamos aguardar pelos trabalhos dos estudantes.

4 comentários:

Xiluva/SARA disse...

Ué, estou curiosa. E quando se sabem os resultados?

Anónimo disse...

Dr. Carlos Serra eu sou uma das tuas estudantes do curso de Historia,pos-laboral,o meu tema e sobre as mechas, defacto por detras das mechas existe muito mais do que um novo "look",as conversas durante o acto da colocacao da mechas sao muito interessante, afinal sao horas e horas...........

Anónimo disse...

Dr. Carlos Serra eu sou uma das tuas estudantes do curso de Historia,pos-laboral,o meu tema e sobre as mechas, defacto por detras das mechas existe muito mais do que um novo "look",as conversas durante o acto da colocacao da mechas sao muito interessante, afinal sao horas e horas...........

Anónimo disse...

Boa tarde Prof. Serra, sou sue aluno gerson Ramos Laboral IIano estou a ter grandes dificuldades para fazer meu trabalho O TEMA é O IMPACTO SOCIAL DAS MECHAS NOS USUARIOS DA CIDADE DE MAPUTO.