1. De que maneira posso conseguir que A, B, N, façam o que eu, Estado, quero que eles façam?
2. De que maneira eu, Estado, posso induzir condutas de forma permanente, sabendo bem que tenho de fazer face a resistências de vária índole?
Respostas:
1. Preciso empregar a força
2. Preciso empregar a persuasão
1. Preciso empregar a força
2. Preciso empregar a persuasão
Já vos falei um pouco na força.
Porém, todas as elites dominantes, gestoras de Estados, procuram sempre economizar na força e investir em sectores, em aparelhos capazes de produzir e de reproduzir a obediência e de diminuir o risco do protesto social. Não basta o bastão, importa também accionar o sedativo, o entorpecente. E aqui - ponto capital -, a questão na persuasão consiste em encontrar os mecanismos capazes de surtirem efeito a dois níveis:
1. Conversão dos interesses particulares ou privados em interesses universais, em interesses de todos
2. Investimento em áreas de diversão, de ludicidade, de entorpecimento da crítica
Porém, todas as elites dominantes, gestoras de Estados, procuram sempre economizar na força e investir em sectores, em aparelhos capazes de produzir e de reproduzir a obediência e de diminuir o risco do protesto social. Não basta o bastão, importa também accionar o sedativo, o entorpecente. E aqui - ponto capital -, a questão na persuasão consiste em encontrar os mecanismos capazes de surtirem efeito a dois níveis:
1. Conversão dos interesses particulares ou privados em interesses universais, em interesses de todos
2. Investimento em áreas de diversão, de ludicidade, de entorpecimento da crítica
Na busca de legitimidade, a elite dominante procura disfarçar os seus interesses particulares dando-lhes o cunho de interesses universais, gerais, partilhados por todos, por todos sentidos. Neste sentido, o Estado deve surgir não como algo que se imponha aos súbditos, como algo estrangeiro, mas como uma entidade sénior oriunda dos súbditos, o Estado também é súbito, ele é uma emanação legítima desses súbditos, ele é apenas um seu gestor. Pelos mais variados canais de comunicação, públicos e privados, ao nível da palavra escrita e falada, através dos seus intelectuais orgânicos, a elite dominante passa uma mensagem com dois níveis:
1. Está ao serviço de todos os cidadãos e do seu bem-estar
2. Cada cidadão deve contribuir para o interesse geral
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