23 julho 2008

Seguindo sonhos

Seguindo sonhos queixa-se de não conseguir editar o seu trabalho musical. Reparem neste texto escrito no sector de recados no lado direito do meu diário: "Depois da Vidisco e da Globe Música, mais uma editora "moçambicana", Olá Africa, recusou hoje o nosso trabalho. Bem possível que as nossas músicas futuramente serão editadas apenas no estrangeiro.....". E reparem nesta observação: "porque achamos que as nossas mensagens precisam ser divulgadas também no nosso país e não apenas os Doggy-Style-Tira-Roupa-Do-Te-Aqui-Dou-Te-Ali-Pega-Catorzinha."
Querem os leitores opinar?

12 comentários:

Anónimo disse...

Obrigada Professor,

amanha a tarde, na quinta-feira, estaremos no programa Music Box na STV e vamos falar sobre este téma também.

Anónimo disse...

Que estilo de musica tocam? Desculpe a minha ignorancia mas nao vivo em Mocambique e nunca ouvi vossas musicas. Serah o mesmo estilo interventivo do Mano Azagaia? Inoja-me ser Mocambicano quando vejo este tipo de censura! E depois dizem que o pais eh democratico

Anónimo disse...

O que acontece é que as editoras, se é que mesmo sao Editoras, obrigam-nos a ouvir o que eles "gostam". Tem que ser uma música com um conteudo fora de comum, com uma linguagem e letra insultuosas, que provocam indignacao a qualquer ser humano consciente, isto as editoras publicam sem qualquer tipo de censura. Mas quando é um projecto como, Seguindo Sonhos, a verdade está aqui...
Pura vergonha consternacao. Por mim avancem, seguem os vossos sonhos, até onde poderem.....

Anónimo disse...

Na verdade o que acontece é que o grande culpado nesta toda é o proprio consumidor. Experimentem nao comprar estes discos insultuosos verao que nenhum musico tera o disco de ouro/platina etc. e estes irao procurar novas formas de estar no mercado e consequentemente a preferencia das editoras. Entretanto sera muito dificil convencer a toda a gente a pensar como eu defendo, logo, este tipo de musicas tera sempre mercado e consequentemente os musicos piorarao ainda mais e as editoras caminharao em paralelo. Aqueles musicos vivem da musica e sempre procuram fazer o que o publico gosta de consumir (sao muito fieis ao consumidor, eles respeitam o seu trabalho e nao desiludem) dai, discos de platina/ouro, bilhetes esgotados etc.

Para mim, tenho sido muito selectivo na compra de discos. Compro discos em que eu possa escutar com a minha familia sem se preocupar com nada e é claro, sozinho nada farei, mas o certo é que a minha parte ja fiz.

Martin de Sousa disse...

Digam o que disserem, não se esqueçam que as editoras são empresas e que o substracto das empresas é o lucro. Nem a Vidisco nem a Globe são um clube beneficiente sem fins lucrativos. Se acharem que um estilo não vende não vão se ariscar.

Não sei que estilo de música tocam esses manos mas, há de haver alguma razão (comercial espero) para que as suas músicas sejam de difícil edição.

Os moçambicanos tem que encontrar formas alternativas de editarem as suas obras. Choraminguices em blogs em programas de TV etc não resolvem nada.

Se não estou em erro tanto a GPRO FAM como os ROCKFELLERS atinjiram o estrelato com albuns de produção própria que depois foram "apropriados" pelas mesmas editoras que, eventualmente, recusaram a edição alegando as mesmas "questões comerciais" que depois viram não existir. Porque não seguir o exemplo?

Anónimo disse...

Confesso que nao tive a intencao de fazer nenhum comentario quando vi a postagem. Pois nao encontrei fundamentos para algum debate. Primeiro porque nao esta claro qual e a critica que os referidos musicos fazem aos outros (que pelos titulos da para reconhecer alguns), e segundo porque nao diz qual e a alternativa que esses musicos trazem (se sao mesmo musicos).
Porem, ao ver o comentario do Horacio, achei que nao me convia ficar calado. De facto ele clarificou o problema, so que simplificou a solucao (ou melhor, deu a sua contribuicao e esta certamente esperando acrescimos). E assim que adiciono as seguintes alternativas de solucao:
1. E preciso “torcer o pepino desde pequeno”, que e o que o MEC (Governo) ja esta fazendo atraves da introducao da educacao musical nos curricula do ensino primario.
2. E preciso que o empresariado (Sector Privado) deia o seu contributo. As telefonias moveis ja estao a fazer isso atraves da promocao dos programas para a descoberta de novos talentos na musica (sobretudo). Temos visto que nestes programas os concorrentes pelo menos aprendem a cantar – o que ja e um bom passo.
3. O mocambicano ja provou que gosta de um bom JAZZ, quem viu o ultimo festival de Jazz em Maputo confirma isso. Entao, e preciso que os promotores de eventos musicais (Empresarios Musicais) comecem a apostar em musicos mais serios e que tragam musica de valor e com mensagens super positivas.
4. Vide o comentario do Horacio (a quem agradeco pela frontalidade) – Sociedade Civil.
Atencao que o meu ojectivo nao e agudizar a discussao, mas sim chamar atencao a todos nos que somos todos parte do problema. O problema nao e so dos musicos e das editoras e por isso a solucao deve sair de todos os acima visados.
PS. Desculpa a omissao dos acentos – escrevo num computador muito precario, mesmo assim nao quis ter o privilegio de calar-me. Abracos de Chimoio, helder machango

Anónimo disse...

vou entrar no debate apenas para tentar dar meu contributo.

manos se as editoras nao querem editar vossas musicas procuram alternativa, porque realmente isso é negocio ninguem vai apostar num negocio "arriscado", porque não procurar alternativas, assim as editoras virao que os musicos nao são seus refens.

Procuram editar por meios proprios, o AZAGAIA, nao tem editora, todos o recusaram, o lançamento do seu disco foi no MIMOS, Lembram-se, e agora quem nao quer disco de azagaia nas suas prateleiras?

Força ai

Anónimo disse...

sou artista desempregado por causa dessas "editoras" que nao tem pessoas formadas. trabalhei durante 10 anos com meu grupo, sacrificamos pela musica mocambicana e agora so estamos assistir sucata na televisao. na vidisco o emidio que manda. esse senhor cobra para aceitar o trabalho e nao etende nada da musica. um grande dilema. pena de voces meninas.

Anónimo disse...

Não temos editoras moçambicanas na nossa pátria amada. Aquelas empresas tem a sua sede em Portugal e Paquistão. Viva a independência!

Anónimo disse...

Concordo com as opinioes que convergem em busca de alternativas as "mainstream" editoras e tambem com a possibilidade de auto-edicao. Jah se provou que eh possivel vincar, como aqui foi dito. Mas a maioria de nos, por ironia da "censura musical", continua sem saber que grupo eh esse "Seguindo Sonhos", que estilo de musica tocam? Parece ser composto por musicos/cantores do sexo feminino!!! Por que nao comecar a divulgar a musica (gratuitamente) em bares, discotecas e em concertos antes de pretender o almejado contrato editorial? Jah agora, Seguindo Sonhos, como estes bloguistas podem ajudar na vossa causa?

Anónimo disse...

Olá

obrigada pelas ideas e opiniões.

Publicamos hoje a letra da nossa música com Azagaia "O País É Nosso"

http://www.mozambique-music.com/seguindosonhos.htm

Anónimo disse...

Muito interessante a letra.