Do blogue da jornalista Collete Braeckman: "As cidades representam o novo desafio de África: se contavam 300 milhões de pessoas para o conjunto do continente em 2000, em 2030, segundo as Nações Unidas, terão 748 milhões. Mas as cidades em África são particulares: tirando o centro, reservado às administrações e aos negócios, são imensas cidades da lata desprovidas de serviços, onde cada um vive o salve-se quem puder. Não somente as casas são frágeis, ameaçadas pelas erosões e pelos desabamentos, mas a água potável falta, os esgotos, quando os há, carregam a céu aberto a água poluída, as descargas acumulam-se sem que os resíduos sejam adequadamente tratados." (obrigado ao Ricardo, meu correspondente em Paris, pelo envio da referência). Se quer ler em português, use este tradutor. E já agora aproveite ler mais um texto, desta feita em português, aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
2 comentários:
E no meio de todas estas estatísticas o pior - e o que ocupa a menor parte do texto mas deve ser para nós forte motivo de reflexão, e de acção - são as condições sub-humanas em que decorre o quotidiano destas pessoas. O dia-a-dia das pessoas reais que precisam de comer, vestir, ter acesso acuidados de saúde, de educação...
Os números não podem diluir a realidade do homem concreto que sofre e sonha.
Um abraço
Diz bem quando fala nas condições de vida.
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