Ontem chegou a Maputo o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama. Eis uma saborosa passagem de uma reportagem do "Canal de Moçambique" digital: "Tempo depois, uma viatura da marca americana Ford, de cabine dupla, chega em frente à Sala VIP transportando a guarda da Renamo. A chegada da viatura e a forma como os oito membros da segurança de Dhlakama saíram da viatura fez recordar as epopeias de John Rambo. Inconfundíveis: boina preta, fardamento verde-oliva e uma cabeleira de quem não não se cruza com o barbeiro há já um bom tempo. Um detalhe: as botas não são idênticas, criando contraindicação ao conceito de uniforme. O mais extravagante calça umas botas da gigante de calçado de Massachusetts. É Timberland. O povo atinge a loucura, entre aplausos e gritos. “Tropas da liberdade”, grita um jovem estudante, que envergava uma bata da escola de aviação civil, que funciona a alguns metros do aeroporto. Ele e os seus colegas simplesmente abandonaram as aulas para verem chegar Afonso Dhlakama. A polícia foi mobilizada em peso e Jorge Khalau comanda, por alguns instantes, pessoalmente as operações." Aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
1 comentário:
A entrada triunfal de quem obteve uma vitória. Pequenina e também efêmera mas vitória. Não sobre o Estado mas sobre a irrazoabilidade do governo.
Efêmera porque a 15 de Outubro o mundo já sabe quem vai ser proclamado vencedor seja qual for o ditame do voto popular.
PS: Na região parece ser apenas a Zâmbia que têm sabido gerir alternâncias. Aí parece que até o partido libertador enveredou pelo jogo democrático e não pela partilha interna do país como se fosse um despojo da independência.
Quando é o libertador que saqueia a idéia de liberdade fica confundida.
Enviar um comentário