02 setembro 2014

Eleições 2014 e balística política: representações sobre adversários (3)

Terceiro número da série. Esta série é tributária dos relatos e das análises que vão surgundo na imprensa sobre a construção política dos adversários. Por agora, os relatos (as análises inexistem) apresentam os candidatos inseridos numa dicotomia primária: os bons e os maus. Na verdade, os candidatos (privada ainda do seu presidente, a Renamo parece mais "pobre" a esse nível) apresentam-se invariavelmente como os únicos detentores das chaves da verdade, do desenvolvimento, da riqueza e do bem-estar, sendo os adversários meros e múltiplos oportunistas, absolutamente incapazes de levar o povo a bom porto. Enquanto isso, as equipas de assessores vão contabilizando o número de presentes nos comícios e, certamente, se as molduras humanas são significativas, vão dizendo aos candidatos presidenciais algo aliciante como "Presidente, os votos já são nossos!". Cartune reproduzido com a devida vénia daqui.

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