Terceiro número da série. Esta série é tributária dos relatos e das análises que vão surgundo na imprensa sobre a construção política dos adversários. Por agora, os relatos (as análises inexistem) apresentam os candidatos inseridos numa dicotomia primária: os bons e os maus. Na verdade, os candidatos (privada ainda do seu presidente, a Renamo parece mais "pobre" a esse nível) apresentam-se invariavelmente como os únicos detentores das chaves da verdade, do desenvolvimento, da riqueza e do bem-estar, sendo os adversários meros e múltiplos oportunistas, absolutamente incapazes de levar o povo a bom porto. Enquanto isso, as equipas de assessores vão contabilizando o número de presentes nos comícios e, certamente, se as molduras humanas são significativas, vão dizendo aos candidatos presidenciais algo aliciante como "Presidente, os votos já são nossos!". Cartune reproduzido com a devida vénia daqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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