04 setembro 2014

Acordo, Estado e paz no Moçambique pré-Outubro (17)

*O que significam acordo, Estado e paz no Moçambique pré-Outubro, quer dizer, antes das eleições gerais marcadas para esse mês?
*Em 1919, numa conferência, o sociólogo alemão Max Weber disse o seguinte: "O Estado é uma comunidade humana que pretende, com êxito, o monopólio do uso legítimo da força física dentro de um determinado território".
*"Os nossos homens têm armas em todo o país", disse Rahil Khan, acrescentando que o Acordo Geral de Paz (AGP), assinado pela Renamo e o Governo em 1992, permite aos antigos guerrilheiros manterem o armamento.
Décimo sétimo número da série. Eis a décima quinta nota sobre o futuro Acordo de Maputo, que deverá ser assinado - ou homologado - amanhã pelo presidente da República, Armando Guebuza, e pelo presidente da Renamo, Afonso Dhlakama. Perguntei o seguinte no número anterior: qual o real significado de um bi-acordo político pré-eleitoral? O primeiro ponto a ter em conta foi a reactivação da guerra, desta feita de baixa intensidade. Esta guerra - com o risco de ampliar-se - punha em causa os processos normais de acumulação de Capital - local e internacional - e a vida dos cidadãos, especialmente das zonas rurais. Qual o segundo ponto? O segundo ponto é a redistribuição de recursos de vida, poder e prestígio pela elite da Renamo (especialmente militar) e pelos seus guerrilheiros. Porém, se são as eleições que determinam as decisões futuras, por que razão se fazem acordos antes dos resultados? Esta impertinente pergunta permite fazer estoutra: existe algum acordo secreto no sentido de garantir a certos membros da elite da Renamo lugares de honra no futuro governo do país - na crença de que quem ganha as eleições é a Frelimo -, tentando a Frelimo desse modo desguerrilhar a Renamo e convertê-la definitivamente ao bem-estar dos cargos e do prestígio?

1 comentário:

Sir Baba Sharubu disse...

Did MOZ Government pay any sort of ransom to Afonso Dhlakama ?

Would this the right thing to do ?

Rest assured, ransom payments will go into promoting terrorist acts that will seriously affect MOZ and its neighbours.