Segundo número da série. Avanço para o primeiro ponto do sumário proposto no número anterior: 1. As funções do cartaz. Com poucas palavras, a efígie do candidato e o símbolo do partido, o cartaz dos candidatos presidenciais procura ser visto e persuadir, convencer. O fundamental está na efígie do candidato, no ar que transmite, na seriedade ou no sorriso bondoso que exibe. Na verdade, a questão central está no rosto, na intimidade jovial e protectora que possa transmitir, na complicidade identitária que possa oferecer. Não é porque o cartaz diz "Vote em mim", mas porque o rosto do candidato é suposto inspirar confiança instintiva. Digamos que o cartaz deve ter duas grandes funções: a de exibir um pedido (votem em mim) e a de oferecer uma intimidade especial, como que protectora (eu protejo-vos e dou-vos o futuro).
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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