"A humildade exprime uma das raras certezas de que estou certo: a de que ninguém é superior a ninguém" (Paulo Freire)
O sexto e penúltimo número da série.
O intelectual estrito senso é a segunda pedra angular na manutenção da crença de que a inteligência analítica é previlégio de uma minoria. Não só as representações sociais fazem dele uma figura alimentando-se do pensar profundo, esotérico, quanto ele próprio ama, não poucas vezes, fazer passar a imagem de quem anda na lua, trôpego, cansado de tanto pensar, desinteressado do mundo (como se o seu desinteresse não fosse, apenas, uma modalidade de interesse).
Termino mais tarde.
O sexto e penúltimo número da série.
O intelectual estrito senso é a segunda pedra angular na manutenção da crença de que a inteligência analítica é previlégio de uma minoria. Não só as representações sociais fazem dele uma figura alimentando-se do pensar profundo, esotérico, quanto ele próprio ama, não poucas vezes, fazer passar a imagem de quem anda na lua, trôpego, cansado de tanto pensar, desinteressado do mundo (como se o seu desinteresse não fosse, apenas, uma modalidade de interesse).
Termino mais tarde.
(continua)
2 comentários:
O paradoxo do nosso tempo na história é que temos edifícios mais altos, mas
temperamentos mais curtos, estradas mais largas, mas pontos de vista mais
estreitos.
Gastamos mais, mas temos menos, compramos mais, mas desfrutamos menos.
Temos casas maiores e famílias menores, mais conveniências, mas menos tempo.
Temos mais graus académicos, mas menos senso, mais conhecimento, mas menos
julgamento, mais especialistas e ainda mais problemas, mais medicina, mas
menos saúde.
Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos demais imprudentemente, rimos
muito pouco, conduzimos rápido demais, ficamos muito irritados, ficamos
acordados até tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos
TV demais e raramente rezamos.
Multiplicamos os nossos bens, mas reduzimos os nossos valores. Falamos
demais, amamos raramente e odiamos com muita frequência.
Aprendemos como ganhar a vida, mas não uma vida. Nós adicionamos anos à
nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos até a lua e voltamos, mas temos
dificuldade em atravessar a rua e visitar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço exterior, mas não nosso espaço interior. Fizemos
coisas maiores, mas não coisas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma.
Conquistamos o átomo, mas não o nosso preconceito.
Escrevemos mais, mas aprendemos menos.
Planeamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar e não a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais
cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.
Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta, do homem grande de
carácter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.
Estes são os dias de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares
despedaçados.
São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade descartável,
carinhos de uma noite no motel, corpos acima do peso, e pílulas que fazem de tudo:
alegrar, aquietar, matar.
É um momento em que há muito na montra e nada para mostrar. Uma época em que
a tecnologia pode trazer esta reflexão até você, e um momento em que você pode
optar por dividir essa reflexão ou simplesmente apagá-la de sua memória ...
Lembre-se: de passar algum tempo com os seus entes queridos, porque não vão
ser para sempre.
Lembre-se, de dizer uma palavra gentil a alguém que olha para você com
admiração, porque essa pessoa pouco logo irá crescer e sair do seu lado.
Lembre-se, para dar um caloroso abraço a pessoa mais próxima a você, porque
esse é o único tesouro que você pode dar com seu coração e não custa um
centavo.
Lembre-se, de dizer 'eu te amo' para o seu parceiro e seus entes queridos,
mas acima de tudo dizer isso com sinceridade. Um beijo e um abraço curam a
dor, quando vêm de lá de dentro de você.
Lembre-se de dar as mãos e estimar o momento, porque um dia essa pessoa não
vai estar lá novamente.
Dê tempo para amar, dê tempo para falar! E dê tempo para compartilhar os
pensamentos preciosos em sua mente.
E lembre-se:
A vida não é medida pelo número de vezes que respiramos, mas pelos momentos
que nos tiram a respiração.
George Carlin
Boa caricatura.
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