Parágrafo final de uma crónica do jornalista Lázaro Mabunda: "Não sou profeta, nem conheço o nosso destino. Mas tenho uma certeza: num futuro breve, quase toda a imprensa vai passar a ser uma máquina de propaganda político-partidária. Se é que ainda não o é. Reproduzirá discursos políticos forjados no Comité Central. Passará a diabolizar toda a oposição e todos os críticos ao governo de dia." Aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
3 comentários:
Gosto de ler Lázaro Mabunda por duas razões: é coerente e espingardeio.
É daqueles colunistas como Miguel de Sousa Tavares, não coloca algemas no pensamento. Quando for preciso ataca e ataca com todas as munições de pensamento.
O que ele diz nesta crónica é verdadeiro.
Muitos jornais (a maioria deles sem linha editorial, funcionam como as 'fofocas' das comadres e compadres) surgiram com uma ideologia e acabaram sem ela. Mais valem não terem surgidos.
O mais engraçado pedem ao leitor 100 USD para subscrever, para ler o quê? Um jornal tem que ter lucubrações e não reprodução de noticiários.
Há excepção, claro.
Zicomo
Mabunda pertence ao círculo dos que não gostam de capachos. Ainda bem ainda bem.
Mabunda premonitorio. Inclusive para si proprio...
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