11 agosto 2011

Luxo, fome e fúria

Cabeçalho de um trabalho de David Brooks: "Está no auge a procura de artigos de luxo - desde sapatos de 800 dólares e cremes cosméticos de 1300 até Mercedes Benz de 200 mil -, enquanto quase 46 milhões de norte-americanos dependem mais do que nunca da assistência federal para comprar alimentos básicos e evitar a fome. Isto resume os estados Unidos hoje." Aqui.

3 comentários:

Salvador Langa disse...

A terra considerada mãe da demcoracia.

Xiluva/SARA disse...

Uma tristeza.

ricardo disse...

Esta e para mim a diferenca entre esta crise e a dos anos 30 do sec. passado. E que naquela epoca, o crash afectou todos: ricos, meio-ricos e os pobres. E para sairem delas, alguns ricos tornaram-se mais ricos, muitos pobres e a classe media consolidou-se e tornou-se no motor da economia dos EUA, com as suas pequenas e medias empresas. So que nesta ultima, observa-se um fenomeno auto-destrutivo no sistema. Pois, os ricos estao cada vez mais ricos, embora tenham perdas em Bolsa, mas nao declaram insolvencia. E quando o fazem, o Estado injecta ciclicamente capital para eles voltarem a ficar insolventes. Os pobre estao cada vez mais pobres, e segregados dos meios de producao, beneficios sociais e empurrados pelas elites para la dos centros de decisao. E a classe media esta a ser triturada e submetida a um processo de filtragem donde sairao alguns emergentes, que nunca serao ricos. E muitos pobres que se atrelarao aos meios de producao, beneficios sociais dos outros ja afastados previamente pelas elites.

Em suma, nesta crise, os sacrificios sao essencialmente suportados pela classe media para salvar os ricos e exterminar os pobres. Fantastico. Nem a Solucao Final de Hitler faria melhor.

E indubitavelmente uma transformacao social a escala planetaria, mas duvido que o reultado final seja o melhor. E se for assim, melhor que a travemos como pudermos. Com Blackberries ou sem eles, o sistema financeiro actual deve ser saneado!