"As famílias, Guebuza e Machel, nas suas esferas empresariais, estão ligadas a três empresas públicas, nomeadamente aos Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), Electricidade de Moçambique (EDM) e a Petróleos de Moçambique (Petromoc). E têm negócios chorudos entre si, a partir de concessões do Estado." - cabeçalho de um trabalho com o título em epígrafe, da autoria do jornalista Luís Nhachote, publicado no "Canal de Moçambique", edição de 03/08/2011, pp. 4-5, com chamada na primeira página intitulada "Os negócios das famílias Guebuza e Machel". Aqui. Recorde trabalhos do autor neste diário aqui, aqui e aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
8 comentários:
Ora aqui está para onde aponta a bússola.
Agora compreendo várias coisas...
Eu já previa que este texto de Luís Nhachote teria muitas lucubrações e revelações. Os meus parabéns.
Agora me pergunto, perante tudo isto, é isto que fazem aos ideais de Samora Machel?
Eu oiço todos os dias na RM trechos dos discursos de Samora Machel, parece-me que o paladino da independência nacional não compactuava, fosse por que motivo fosse, este tipo de negociatas, influência, compadrio. Eis a razão porque admiro Samora Machel.
Não estarão, estes rebentos do viveiro das políticas de Samora Machel, a destruir um organismo que se pretendeu justo, social, igualitário, solidário?
Certa vez perguntei ao Prof. Silvério Rocha (perdoe-me a referência pela segunda vez neste diário desta figura que para mim é dos maiores pensadores portugueses da nossa contemporaneidade)o por que de certos governos não preservarem as conquistas da independência, metendo-se, os herdeiros dos dirigentes em situações que comprometem os Estados, respondeu-me:
"Todo o sistema é contra seu próprio organismo".
Ficou tudo dito.
Zicomo
Estado é passaporte empresarial.
Mas entao, Graca Machel, nao e a figura mais desejada para suceder a Guebuza (inclusive numa sondagem deste blogue) no proximo concilio de Cabo Delgado? Tal como na velha tradicao marxista, a renovacao da governacao em Mocambique, faz-se sempre pela continuidade. E nem percebo a "aparente" surpresa de alguns comentadores...
Sobre a visita do PR á China, aprecie-se esta passagem do Notícias, de 08/08/2011, pag.2: Protogonismo na Cooperação já pertence aos privados:
Embaixador da China em Moçambique: "...Como exemplo desta forte intervenção do nosso sector privado em Moçambique, a empresa StarTimes é de capital misto sino-moçambicano, e a sua área é de divulgação da televisão digital, uma área que é totalmente nova na nossa história de cooperação ..."
Pois bem, quem é o parceiro Moçambicano no MONOPOLIO da TV digital ? Nada mais nada menos que Valentina Guebuza.
Tal como aconteceu com na ida à India (com a Tata), também na ida à china Guebuza vai negociar coisas do seu DNA.
Não se esqueçam da Sociedade Turística CFM, S.A., que surgiu logo após o Conselho de Ministros ter criado a reserva do Estado relacionada com o porto de Techobanine... haja ou não haja porto, todo o espaço, (inclusivé o que constitui área ambientalmente protegida), do nosso extremo sul está nas mãos da Família Real...
Pois, e nos, para alem de reclamar, o que fazemos para mudar isso?
Estamos a falar de menos de 100 pessoas. Mas nos somos 20 milhoes habitantes!
Entao, qual e a MAKA?!
Enviar um comentário