06 abril 2010

No DZ



A conferir no "Diário da Zambézia" de hoje, aqui.
Adenda: julgo conhecer um pouco a história da Zambézia em geral e a de Quelimane em particular para intuir um grosso desastre político caso o governador da Zambézia decida taxidesbicicletar a vida.

15 comentários:

umBhalane disse...

Um assunto de primordial importância.

Pedra angular de todos os problemas, ainda existentes na Zambézia.

Todos sos outros, a frelimo já "resolveu".

Agora, são bicicletas!

C. Omar disse...

Professor, sao as consequencias de um governador nao eleito. Mas fico sem saber a posiçao do governo, a meses atraz o Ministro Zucula falava de introduçao de bicicletas como alternativa de trasporte na cidade de Maputo, e hoje vem o Sr Itai Meque a proibir, e acho que paga-se um valor ao muicipio para ser taxista, o que faz aumentar receitas nos cofres do governo. Mas probiçao sem alternativa, afinal o que é combater a pobreza??
O Sr Itai devia-se preocupar nas vias de acesso para os distritos, nos hospitais sem espaço de acolher doentes, nos distritos ainda sem energia. Acho que o caso de bicicletas tem que se deixar para o municipio e o Sr. Pio Matos nunca cometaria deste modo a este caso.
O Salomao Moyana reunido com membros do Parlamento Juvenil, aqui tentou ignorar os trabalhso que os jovens tem levado a cabo para auto sustento, sao os mesmos trabalhos que o governo desafia e dismantela, falo do governador da Zambezia e muitos outros governantes deste pais. Os jovens tentam, e muito. Espero que o Sr. Itai volte a pensar, ou poe-se em causa agenda de quem o nomeiou, o GUEBUZA.
Thanks

Unknown disse...

O artigo do “Diário da Zambézia” não apresenta os argumentos do Governador Itai Meque para defender o fim, a breve trecho, dos taxi-bicicletas em Quelimane. Mas suponho que tem a ver com o cenário de trânsito caótico que criam, agravado muito pelas péssimas condições das estradas da cidade e pela indisciplina de alguns desses “taxistas”.
Mas de qualquer jeito, o Governador Itai Meque foi infeliz.
Um Governador que não consegue perceber a génese do fenómeno de taxi-bicicleta; que não consegue ver e solucionar a problemática de falta de emprego na Zambézia; que, enquanto todo o Governo (Ministro dos Transportes e Comunicações) defende o uso massificado da bicicleta (coisa que em Quelimane já é tradição, há muito), o Governador Itai Meque aparece a remar contra a maré. Aliás, a bicicleta singulariza a Zambézia e os Zambezianos.
Fazer taxi-bicicleta não faz parte de empreendedorismo? Vejam o caso do jovem que, com receitas desse negócio lícito, está a sustentar a família e a financiar os seus estudos.
Julgo que é preciso disciplinar um pouco mais a actividade, mas não temos como extinguí-la, porque não se apresentam alternativas de transporte público em Quelimane e em toda a Zambézia.
E mesmo recorrendo a economia, a “oferta-procura”, significa dizer que se o negócio de taxi-bicicleta está a florescer, é sinal de que existe uma parte significativa de quelimanenses que procura esses servicos. Como o Governador tenciona suplantar esse “gap” na oferta?
Vejamos os casos de Taiwan, Indonésia, Vietnam, e outros países, em que a bicicleta esta a ser valorizada e ela exerce um grande papel no turismo desses países. Coisa que em Moçambique e na Zambézia poderia ser incentivada pelo Governador. O discurso do Governador deveria ser o de “sofisticar” o negócio, para atrair clientela e servir de cartão-postal para turistas.
A contradiçao no discurso do Governador resulta do facto de ele julgar que “empreendedorismo” é apenas plantar umas Jatrophinhas. Para ele fazer taxi-bicicleta não e empreendedorismo.
Aqui começo a dar razão ao Ricardo (esclarecido comentador deste blogue),que logo vaticinou que este governante não vai chegar ao final do mandato. E parece que o Governador esforça-se para o dar razão!

Chacate Joaquim disse...

A FRELIMO precisa de rever o perfil dos que oucupam cargos do género não queremos senhores absolutos mesmo que sejam da confiança do PR muito menos o que está a contecer no município da Matola. (para dizer que mesmo que haja governos eleitos por voto muita das vezes somos traidos!) Matola perdeu muito com a morte do Dr. Carlos Tembe. depois o nosso glorioso partido também nos entregou a mão de um indivíduo muito menos a lém das nossas espectativas! há que rever isso...
Parece que Itai tem um pouco de confiança a mais, ví lhe um dia na TV a tratar os extencionistas como se de seus servos se tratasse! quer dizer ném modos não existe nas relações chefe subordinado?!...

Anónimo disse...

Este Itai est'a confudir Zambezia com Inhambane. Alis, neste mesmo jornal vi escrito um pouco antes da tomada de posse um artigo com o titulo "Atencao Itai, Zambezia tem curvas e contra-curvas"-fim de citacao.

Ao que me parece, o governador ignorou esta alerta. Como resultado, vai caindo neste populismo, alias, 'e carecteristico.
Vamos aguardar

Basilio Muhate disse...

Reflexão interessante. Li o Artigo do Diário da Zambézia e conversei telefonicamente com amigos residentes em Quelimane de diferentes estratos daquela sociedade.

Não há nem houve nenhuma proibição formal nem informal do uso de taxi-bicicleta em Quelimane, nem pelo Governo Provincial, muito menos pelo Municipio de Quelimane, autoridade que tutela o transporte público na cidade.

No entanto a reportagem é interessante, porque mostra que os taxi bicicletas são imprescindíveis em Quelimane, pese embora careçam de um melhor ordenamento, gestão da sua circulação e melhoramento das vias de acesso naquela urbe.

Anónimo disse...

Caro Basilio;

Se vives em Quelimane, entao nao es atento aos acontecimentos da provincia e da cidade em particular.

Ontem, dia 05.04.10, no jornal da tarde TVM, passou uma reportagem abordando o mesmo assunto. Dai que este assunto nao 'e novo. E nao so, o governador quando chegou a Quelimane viu os taxis e num dos encontros que teve naquela sala do ex-IMAP, cheia de panfletos da Frelimo e de Guebuza, disse que os taxis deveram ser banidos por nao serem seguros.

Dai que as chamadas que fizeste com diversos extractos sociais, podem nao ter fiabilidade.

Faca outras, ou por outra, ligue para alguns taxistas e jornalistas como por exemplo da TVM.

UM ABRACO
MUNICIPE ATENTO

Basilio Muhate disse...

Caro Municipe atento

Acho que leu mais do que eu escrevi no meu comment. o que eu disse foi que "não há nem houve nenhuma proibição formal nem informal do uso de taxi-bicicleta em Quelimane, nem pelo Governo Provincial, muito menos pelo Municipio de Quelimane, autoridade que tutela o transporte público na cidade".

Uma coisa é o governador dizer que QUER ou GOSTARIA de acabar com os taxis bicicleta, ou um outro dirigente manifestar vontade de o fazer, outra coisa é PROIBIR. são coisas diferentes.

Não vivo em Quelimane e não acho necessário enumerar as pessoas com quem falei telefonicamente em Quelimane, sejam elas dirigentes do Estado, Empresários, polícias, familiares, amigos, taxistas, etc. Não liguei a pensar em questões de fiabilidade apenas procurei saber o que efectivamente estava a acontecer.

Municipe atento, continue atento e apresente propostas alternativas para a gestão dos transportes públicos em Quelimane. Acho que esse éh o principal assunto de debate que o Prof Serra quis trazer para aqui.

Anónimo disse...

A solucao deste problema, passa por boas politicas nesta area de transporte. Visto que, ha 5 anos atras, um cidadao contactou a edilidade para conceder rota de transporte, mas a edilidade disse que tinha autocarros. Vieram sim os autocarros, mas contra tudo e todos, os autocarros, agora fazem transporte para Nicoadala. E agora, somos forcados mesmo a chover, usar taxi-bicicleta.

Mas tambem ha que dar normas estes taxis, porque maior parte nao tem nocoes de conducao.

Alias, ja ha empresarios que comprar bicicletas e dao uns jovens que no final do dia trazem receita.
Municipe Atento

V. Dias disse...

Numa época de crise mundial em que o Estado moçambicano mais de uma vez incentivou o uso de bicicletas como meio de transporte públicos a ter em conta, porém, um governante cansado de beber água de coco (uma excelente terapia para alguns), mas para o Itai Meque causa-lhe convulsões cerebral.

1. O aquecimento global é ignorado,
2. O património urbano também é ignorado,

Eu sempre disse que certos empregos parecem ser anéis de ouro, mas às vezes criam feridas aos dedos.

Zicomo

ricardo disse...

Eu ja vaticinei que este Governador Meque nao dura ate Dezembro...

Mais um prego no seu caixao.

Abdul Karim disse...

'E Verdade, Ricardo vaticinou isso.

Nelson disse...

Eu que estive em quelimane por diversas vezes e ja fiz uso desses taxis, sei como sao necessarios, como sao inseguros. Sei como essa necessidade tem a ver com falta de alternativas. Sei como a inseguranca tem a ver com a falta de dominio das regras de transito pelos taxistas e aliado ao estado degradado das estradas.
O resto sao conversinhas de comadres

Anónimo disse...

Concordo com Nelson. Importante não é aboli-los porque eles constituem uma alternativa e por vezes solução da carencia de transporte urbano. Contudo, há que repensar nas formas de transmissão das licenças. Na minha opinião se as entregas (pagamento) das licenças fosse condicionada a uma aprendizagem e consequente transmissão de um documento que legitima determinada pessoa para ser transportador de Bicicleta seria bom. Igualmente, concordo que paralelamente se promova o transporte urbano por meio de autocarros. Os mecanismos do mercado e a preferencia do consumidor...etc irão ditar o afastamento de um ou a melhoria dos serviços entre os concorrentes.

Egor

Rildo Rafael disse...

Rildo Rafael

Acho o comentario do Nelson e Viriato bastantes ilucidativos.

Eu pessoalmente ja estivem em Quelimane e ja fiz o uso destes taxis-bicicletas.

Em primeiro lugar a decisao de banir ou aprovar deveria ser precedida de uma analise de impacto.

Para alem dos beneficios economicos, ambientais, sociais que o negocio traz devemos olhar a bicicleta como um transporte caracteristico das regoies em volta do vale do zambeze. Portanto a bicicleta pode ter um potencial turistico muito forte e tambem e um elemento importante para a saude da comunidade! pedalar faz bem!

Podem banir o taxi-bicicletas mas tenho a certeza que as pessoas irao continuar a pedalar as bicicletas. O ideal seria organizar a actividade, definir as vias em que provavelmente podem circular, instrui-los sobre as regras de transito, seguranca das pessoas, usar uma cor apropriada para o taxis bicicletas e muitas outras ideias...

As bicicletas ai nao vao parar...Ela parte cultural e instrumento da vida.

Rildo Rafael