19 abril 2010

União monetária europeia: problema está na Grécia ou em Portugal?


Confira aqui.Free TranslationObrigado ao Ricardo que, de Paris, me enviou a referência.

12 comentários:

Abdul Karim disse...

UmBhalane ?

V. Dias disse...

"Isto hoje vai doer" dizia-me vezes sem conta Pita Manyanga, meu formador na CISCO do ISCTEM em Maputo. E vai doer mesmo.

Aqueles que não gostam de mim e dos meus comentários vão afiando a faca para me espetar, para esfolar a este "puto" manhungue que o meu povo diz ter a mania de debitar o que pensa, sem rodeios, tanto de dia como de noite.

1. O problema tanto está na Grécia como em Portugal. O défice económico português já anda na casa de 9 e picos porcento, com uma dívida de cerca de 86% do seu PIB. A economia do país está de "tangas". De nada lhe servem os remendos que o Governo vai colocando para mitigar o problema crónico de Portugal: consome mais do que aquilo que produz. Fonte: http://economico.sapo.pt/noticias/divida-portuguesa-deve-atingir-86-do-pib-em-2010_7087.html

2. Para quem "conhece" Portugal há-de observar três realidades: há os que produzem mais ("xingondos brancos do norte"), os "órfãos da sorte", porém, zonas bastante rica (a região do Alentejo), e, finalmente, há os "machanganas europeus", Lisboetas, etc. Esta assimetria é tal que o parasitismo e a inércia de algumas zonas faz com que o fosso entre os homo sapiens-sapiens ricos e pobres seja cada vez mais maior. Se nas regiões pobres há gente a sobreviver com 450 Euros por mês; na burguesia temos salários comparado ao orçamento geral de toda a província de Tete.

3. Se no resto da Europa (zona Euro) os funcionários públicos trabalham 8 a 9 horas por dia, em Portugal, a média é de 6, 5 a 7 horas por dia. Outro senão é a política económica da UE (para uns é uma medida justa, mas para outros, é uma patologia terrível) ao bonificar com subsídios os desempregados, ociosos, vadios, etc., situação que por um lado aumenta o número de exércitos de desempregados; por outro afunda o país. "Para quê trabalhar se no desemprego ganha-se o mesmo valor"? Quando José Sócrates subiu ao poder, lembro-me muito bem, quis acabar com estas irregularidades, mas colheu inimigos ferrozes. Coitado, é o segundo Mugabe. Por isso, talvez, ele tanto se sensibiliza com o presidente zimbabweano.

4. Portugal é um dos poucos países da Europa que vive em função da sua "gloriosa" história do passado, relativamente aos "descobrimentos". A este saudosismo crónico junta-se o pessimismo crónico do seu povo. Mesmo que Cristo desça dos céus para governar Portugal, encontrará sempre uma oposição que não se preocupa com o progresso do país, mas sim em chegar ao poder (ainda bem) e combater de forma desfreada a quem esteja a governar. Que o diga o Eng. José Sócrates.

5. Se na Grécia temos o problema de gestão danosa, em Portugal é o contrário. É a sua população activa que não sabe dançar ao som do tambor do Governo. Disse-me em carta o Prof. Saraiva que se trata de um problema cujas origens remontam da expuslão dos judeus, em que Pombal expulsara de Portugal as lentes...

6. Desde que Portugal perdeu as colónias a sua economia nunca mais reagiu em flecha. Ficou o país um retalho no calcanhar da Europa. Portanto, não creio que o problema seja só da Grécia. Portugal precisa racionalizar a sua economia para não correr risco de ser afastado da UE (cuidado com a Angela M.) que já avisou que o seu povo não pode continuar a salvar a má gestão e a irresponsabilidade dos outros, citando o caso da Grécia. A ver vamos.

Zicomo

Abdul Karim disse...

Viriato,

Eu tambem estudei no ISCTEM, sai cansado.... com muitas duvidas.... descobri que eram minhas " dores de dente"...que so ficaram piores quando vi o dentista com de capa de presidente de cne...

Mas, vamos esperar o UmBhalane confirmar temperatura do chiado.

Se estiver muito quente,... vou pra Italia ou Inglaterra,

ricardo disse...

E assim falou Viriato (e com toda razao)...

CRISE NA FINANÇA (Daniel Costa)


Sempre assusta a crise
Do mal parece aliança
Parece não haverá dinheiro
Se algum se tem,
Entra-se no banco, empresta-se
Dizem-lhe que deposita
Agora chegou a da finança
Mais uma a tirar esperança
A quem convém
Dizem as culpas serem de todos
Só porque muitos ficam sem dinheiro
A culpa é de alguém, não será do primeiro
Coitado!...
Quem comanda é o financeiro
Ele subirá a outro poleiro
Se menos, empresta
Ainda paga, à banca, dita
Comanda a malvada
Paga a gestores pantomineiras
Dizem: o patrão ganhou boas
Somas avultadas de dinheiros
Reparte lucros, torna-os banqueiros
Criam-se novos poleiros
Exigem pagar a mais banqueiros
Não fazem nada, mas
Afluem dinheiros
Sabem explorar o aforrador
Quais mineiros
Gerem os dinheiros
Na mão uns papéis, uma ilusão
Há crise? Deu o dele
Pode pagar em primeiro
Vai ele subir a outro poleiro
Onde haja outro dinheiro
O pobre fica triste, mas paga
Não se lembrou do colchão
Tudo dava certo, ali à mão
De atalaia vigia, o banqueiro
Isento de culpas, com novo dinheiro
Outro assina na atrapalhação

Hossana ao nosso primeiro!...

umBhalane disse...

Karim

Está mal, mas cada Povo tem os governos, e aquilo que merece.

E sobre o Povo Português, que eu não renego, redobro o que escrevi - tem aquilo que merece.

Por outro lado, ainda vai tendo dinheiro para emprestar à Grécia 784 milhões de euros, Angola 127 milhões de euros, Moçambique, Guiné-Bissau, STPríncipe, Timor e não sei, nem quero saber, quem mais...
É um fartar vilanagem.

E a Segurança Social abarrota com parasitas oriundos do estrangeiro, que nunca trabalharam, nunca descontaram para os fundos da previdência, e que vivem à custa dos contribuintes portugueses.
E eles gostam, adoram.

Está-se melhor em Portugal que na África subsahariana - na internete consulte as listagens de beneficiários oriundos daí - o ano passado havia umas largas dezenas de milhares!!!

E depois, eu não vivo preocupado - ainda não chegamos ao Zimbabué, e aos seus vizinhos.

E o Povo Português merece.

Merece, mesmo.

Abdul Karim disse...

Ricardo,

Nao vem com essas tuas brincadeiras,

Ha tempo pra tudo,

A dignidade dum homem em determinadas situacoes se resume ao dinheiro...

Cheque Cruzado, Please

Eu sei que o Viriato esta controlar os meus debitos, so que agora preciso de credito. chama-se personal loan, pra uso domestico.

Nao 'e ?

V. Dias disse...

A Inglaterra não quero, é contra Mugabe, mas certamente que irei para o mês a Itália ou a Suécia ter com o Reflectindo. É sério, tenho que ir lá pedir-lhe desculpas formais pelos transtornos. Não se deve aborrecer a um mais velho de cariz de Reflectindo.

UmbHalane não vai aparecer, garanto-te Karim, estas coisas é contra a sua vontade. Estas verdades doem, como as dores de dente. Só os "puto" actuais é que reconhecem estes factos, a geração de "carapau portugês", como diria Alice Mabote referindo-se a minha geração (década 80) de "geração de repolho" não bate certo, mas diz o que pensa.

É a minha geração quem anda a descobrir drogas para curar as patologias do mundo antigo. Paradoxo, não é?

Zicomo

Abdul Karim disse...

Viriato,

UmBhalane esta mal, se for pra la so vou piorar as coisas dele, no Porto, quando eu quero ver Luz,

Voce nao vai estar,

So vao estar guebuza e socrates.... vou ficar mal acompanhado no chiado

Inglaterra voce nao gosta, entao eu nao vou,

Vamos a Italia, visitamos o berloconi, e depois conferimos os debitos na Suica com Refletindo.

V. Dias disse...

"E a Segurança Social abarrota com parasitas oriundos do estrangeiro, que nunca trabalharam, nunca descontaram para os fundos da previdência, e que vivem à custa dos contribuintes portugueses.
E eles gostam, adoram." disse o auto proclamado "indomável", meu chamuale umbHalane.

Apareceu, finalmente, o visado. Já tarde. Apareceu para expelir asneiras grosseira, daquelas que não se oferece engolir com auxílio de água como diria o escritor Fijamo.. Quem quiser pode analisar o trecho acima, sempre o mesmo a depreciar a África, os africanos, particularmente Moçambique, país que diz amar. Não faz mal. Eu sei porque. Aqui não há censura.

Não sou daqueles que recebe a bendita Segurança Social, ainda que fosse, julgo ser de respeitar a essa gente. Há que ter respeito com essa gente, pois sabe-se lá porque solicitaram esses subsídios. O Governo de Sócrates assinou uma lei em que todos os emigrantes podem, querendo, solicitar alimentação nos Serviços Sociais das Universidades Públicas, o que não quer dizer com isso que aqueles que se beneficiam da "massa" são mendigos. Este discurso é deplorável.

Porém, não é só em Portugal que isso acontece. Só para ter uma ideia da Bélgica, país que julgo conhecer minimamente bem, um "sacatépuè" nome que dou aos vadios, ocisos, etc., chega a receber por mês 1200 Euros. De quem é a culpa? É da mente limpa, claro. Ainda não chegou ao Zimbabwe, mas está quase. Com a graça de que no Zimbabwe alguém chamado Blair, etc criou aquela situação, Portugal já não. Até vê-se obrigado à "vender" a própria língua aos brasileiros. Miguel Sousa Tavares que o diga. Ele está muito aborrecido com isso. E com razão. Facto passa a escrever-se FATO.

Que bela democracia, que belo Renascimento nos trouxeram os árabes. Sim, os árabes, porque está provado com fontes e tudo que o Renascimento é "produto" da expansão islâmica no mundo. Mesmo o dito Renascimento europeu têm as suas origens em escritores árabes, que Tomás de Aquino se inspirou.

Zicomo

Tomás Queface disse...

É Sempre assim, quando o país entra em crise já-se tem os culpados: "os parasitas dos estrangeiros". Um dia foram os judeus a serem escurassados, hoje serão os do leste, brasileiros e sub-saharianos.

Para aqueles que tinham as notas e moedas de escudo, pode tirar-las da mala que agora vão servir para alguma coisa.

umBhalane disse...

O politicamente correcto, não é, nunca foi, o meu forte.

Nunca fui educado para ser servil, e não o sou - apelidaram-me de LEÃO INDOMÁVEL, e está registado que não fui eu que encomendei essa iniciativa.
Até que aceito com muito gosto, e adoptei-a, embora com interpretação diferente da do mentor do atributo.
LEÃO INDOMÁVEL, isso mesmo.

E estou acostumado a debates RACIONAIS, com base de sustentação mínima.

Ficam, alguns, muito contentes, deliram, que Portugal esteja a atravessar dificuldades económico-financeiras. É uma maneira de estar.

No Moçambique para Todos, também havia um Sr., mestiço de Leão Indomável com Ronga, que uma vez também entrou por esse caminho, mas...
creio que ainda no mesmo texto, ou no imediato, rectificou:

- Eh pá, eu até nem quero que vocês fiquem mal, senão a "mola" vai ficar apertada também para nós, ou acabar mesmo.

Inteligente. E não é que é isso mesmo!

Depois, expresso-me em Língua Portuguesa, que aprendi em Moçambique, ainda com a ajuda daquelas palmatórias de umbila, jambirre ou madeira Luabo, como era da praxe - aprendíamos, analisávamos muitos e diversos textos - interpretação, morfologia, sintaxe, etc,...para poder compreender, transmitir.

Assim não dá!

Emissor e receptor não estão, nem querem estar sintonizados - misturam tudo, a incoerência abunda, a contradição é contínua, a mera e fortuita provocação, a ignorância impera, o ridículo reina...

Para terminar, porque não é minha vocação dar aulas, lembro que em qualquer lugar do mundo, "excepto", e/ou talvez, em Moçambique na cabeça de alguns,

só colhem dividendos, resultados, lucros, os sócios/accionistas de uma qualquer empresa.

isto é, apenas/só/exclusivamente, quem nela investiu, trabalhou.

Tudo, e todo, o resto são...não contabilizáveis.

E a sê-lo, só há um caminho. Que falem os técnicos.

Politicamente não correcto, mas educado, e muito, muito, condescendente!

Passem bem.

V. Dias disse...

Visto, passa.

Zicomo