29 abril 2010


Edição de hoje aqui.

5 comentários:

V. Dias disse...

Muito bem. Li atentamente o mediaFAX e não trás nada de novo que não fosse do conhecimento do público menos distraido.

Começando pela Imprensa Nacional. Para além de ter um funcionamento deficitário, é também uma instituição que resiste à mudanças. Da última vez que visitei aquelas instalações estava a cair de podre, trabalhadores com salários precários em relação ao PCA, falta de equipamentos, nessa altura, nem um website tinha.

Como sobrevive? Há sectores cuja natureza por mais que se trabalhe mal, nunca entram em falência. A Imprensa Nacional é um deles.

Quanto a partidarização do Aparelho do Estado. Tal como outrora me referi, não é menos verdade que tais células existem aqui, ali e acolá. Existem de facto pequenos grande focos nas zonas em que o grau de escolaridade é fraco, mas já não acontece a mesma coisa nas principais cidades onde o bálsamo de instrução dos funcionários é elevado. Aí, sejamos claros, há tendências para redução. Constatei isso durante as minhas deslocações pelos distritos de Nampula...

Quanto a visita do Chefe-Estado a Portugal, duas observações a fazer:

1. Esta visita acontece depois de Sócrates ter estado em Moçambique a menos de 1 mês. Além de que todos os possíveis acordos foram assinados no primeiro encontro, portanto, em Maputo. Não compreendo patavina a necessidade de um novo encontro que não fosse rubricado pelos titulares dos negócios estrangeiros. Se foi Cavaco Silva a convidar, não oponho, mas Cavaco em termos executivos não detém poderes para rubricar fosse o que fosse. 70 empresários? Quem são. Para investir aonde? Em quê? E porque é que não investem em Malema, em Changara, em Chifunde, em Namialo, em Catipo, em Boroma, em Mazoe, em Catandica, ou em Cambulatsitsi, etc...

2. Estive a fazer uma triagem nos princpais jornais portugueses, acreditem, nem um faz manchete a visita de Guebuza a Portugal. A menos que tenha saido mais tarde, nem mesmo a SIC. A RTP apenas reservou 30 segundos e não mais do que isso. Se é estranho é!!! Qual é o peso de Moçambique em Portugal?

Zicomo

Abdul Karim disse...

Viriato,

70 empresarios ?

Parecemos um "pais empresario",

"de sucesso".

Reflectindo disse...

Viriato

Quanto à partidarizacão descordo contigo ainda que o teu exemplo for Nampula.

Em Nampula, o fenómeno frelimizacão das instituicões públicas ou tudo o que for é mais notável e quase aceitável nas cidades do que nas zonas rurais, sobretudo na parte litoral. Na UP, em Napipine, a célula é dirigida pela Direccão, o Brito e a malta, mas logo que você chega em Namílio comeca a sentir o cheiro do multipartidarismo...

Sou curioso em relacão Maputo...

Volto ao assunto.

ricardo disse...

Uma vez que a sra. Ministra exige provas concretas de partidarizacao do Estado. E so recordar o que aconteceu em Nampula em pleno periodo eleitoral com os supostos "observadores eleitorais" que eram funcionario publicos (da educacao) que estavam ali a "cumprirem ordens do Partido...".

Isso mesmo. Nas camaras da STV. Ora pecam as cassetes para ver se nao e verdade...

Este questionamento ministerial e tao absurdo, quanto duvidar que a cor do ceu limpo e azul, por falta de provas...

V. Dias disse...

Não sei se com o Brito isto continua na UP-Nampula, mas com o Ivala sim, era visível.

Enquanto estudante da UP-Nampula não senti isso, pelo contrário, debitava as minhas ideias a qualquer temperatura do dia.

Há que saber diferenciar as coisas chamuale. Nem sempre os camaradas cumprem ordens superiores, pode ser que haja gente fanática dentro do partido Frelimo que age por conta própria. Desses conheci muitos. Sou chamuale de muitos deles.

Creio que em geral, Nampula está a registar progressos em relação ao "fenómeno" despartidarização do Estado. Basta ver a convivência política pacífica nos distritos de Nacala-Porto, Ilha de Moçambique, etc. Tirando as nódas das eleições, quase que não há problemas a registar.

Zicomo