30 abril 2010

Do obituário dedicado a Orlando José

O assassinato do director de auditoria das Alfândegas, Orlando José, não mereceu muitas referências (gerais e estatais) no obituário do "Notícias": quatro na edição de ontem e duas na edição de hoje, respectivamente páginas 20 e 28. Na edição de quinta, um anúncio dá conta da mágoa de colegas do Instituto Universitário de Lisboa pelo cobarde assassinato do seu colega no doutoramento em Gestão Empresarial (dado universitário não reportado na nossa imprensa). No que ao Estado concerne, há apenas pêsames da direcção das Alfândegas (ontem) e do Tribunal Aduaneiro de Maputo (hoje).
Comentário: a página necrológica do "Notícias" é sempre um importante documento sobre a atenção que dedicamos a outrem, para além dos círculos familiares.

7 comentários:

Abdul Karim disse...

Paz 'a sua alma.

Linette Olofsson disse...

Algo está mal na nossa sociedade!
Ele servia ao Estado!
Dá para reflectir o que cada um nós vale neste Mundo.
E, quando partimos deste mundo!
Descanse em Paz!

ricardo disse...

Assim e o destino de Ogum, o prometeu africano...

"...A mitologia grega narra que Sisyphus, que foi o rei de Ephyra (Corinto), foi condenado pelos deuses a rolar uma grande pedra por uma montanha acima. Toda vez que ele chegava ao topo, a pedra rolava morro abaixo. E ele começava tudo de novo, dia após dia. Albert Camus nos fala para imaginarmos Sisyphus feliz. Em certos contextos, eu consigo fazê-lo. Porém, na maioria dos casos, eu acho difícil acreditar que rolar um enorme pedragulho por um montanha acima sabendo que ela irá rolar de volta jamais poderia satisfazer uma mente racional..."

Somos indispensaveis, enquanto vivos. Descartaveis, quando mortos. Eis a verdade absoluta.

Viriato Dias disse...

Concordo contigo Linette. Desta vez sim...estiveste bem...

Em países como o nosso em que os governos tomaram o poder através das armas não se pode ser nem um péssimo soldado nem um bom general. Há que estar sempre no meio. Obrigado Jerónimo de Sousa do PCP por esta recomendação, aprendi.

Zicomo

Linette Olofsson disse...

Viriato!

Quando não estive bem??
Tens que mo dizer!
Para eu me corregir!
Gosto que mo digam quando não estou bem!
Só assim, poderei caminhar para mais longe de onde estou!
Não domino tudo!
Sou uma estudante para sempre...
Curiosa e questionadora!

Por isso, tornei-me numa visitante assídua desta oficina.
É que, aqui, não só aprendemos com professor!
Ele, dá-nos opurtunidades de inter-agirmos uns com os outros.
Então com Ricardo e Viriato, com a suas exposições, afirmações, sugestões, testemunhos....

Enquanto o Viriato vai dançar algo que não sei bem o que é...
Vou ao aeroporto esperar minhas duas irmãs que o destino as levou para muito longe há mais de 30 anos.
Uma, já regressa com influências da cultura mediterranea, outra vá lá, o destino a levou à Pátria de Camões...
Bom fim de semana para todos!
Paz interior com todos vós!

Que professor Serra, nos continue a oferecer a suas lindas fotos!

V. Dias disse...

Tens estado sempre bem, sempre em fleche, salvo quando não largas o "osso do ofício." Gostaria de ver mais a Linette a falar do que político Lenette. Hehehehe. Não me leva à sério.

Cumptos as tuas irmãs.

Zicomo

ricardo disse...

E lamentavel, mas fiquei hoje a saber que em alguns sectores da Alfandegas, principalmente nas fronteiras, houve manifestacoes de regozijo e ate "garrafas de champanhe" estouraram quando a noticia da morte deste colega lhes chegou!

Simplesmente horrivel esta maneira de ser. Que tipo de gente e esta que recebe mais que um director nacional da Educacao para se comportar descaradamente assim?

Ser para-militar e isto? Quid Juris?!