08 dezembro 2009

(133) 08/12/09


Com o título "Manifestação manifestamente improvável", o jornalista Salomão Moyana defende no editorial do “Magazine Independente” desta semana que é improvável que a Renamo faça uma manifestação de protesto contra os resultados eleitorais. Leia aqui, na íntegra.
Pedido: por favor, caso reproduzam o editorial em vossos blogues, mencionem a fonte. Obrigado.
Adenda às 16:32: enquanto isso, no "Wamphula Fax" de hoje o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, surge afirmando que a manifestação só será anulada "se Guebuza aceitar negociar connosco para conseguirmos uma solução viável para o bem do povo moçambicano". A conferir na íntegra aqui.
Adenda 2 às 17:13: o "O País" online de hoje exibe um trabalho com o título "Partidos juntam-se à Renamo e exigem GUN", aqui.

9 comentários:

umBhalane disse...

Salomão Moyana didáctico, assertivo.

A sua leitura, pode, quanto a mim, ser extrapolada (extrapolar-se) para outros, e muitos, variados assuntos.

Ou estarei enganado?!

Anónimo disse...

"sto pedir" a Dlakama e a Renamo para que desistam das manifestacoes. O comportamento belicista da policia ja faz antever sangue. Nao deem motivos para que os vampiros satisfacam seus apetites de sangue deste povo ja sofrido com as guerra e agora com a corrupcao

Abdul Karim disse...

O Patriora Salomao Moyana, mais uma vez, igual a si proprio.

Reflectindo disse...

Mouzinho de Albuquerque à consciência da Renamo para evitar mortes dos moçambicanos inocentes, escreveu o seguinte: "É que mesmo sendo pacíficas as mortes acontecem na mesma e os autores tanto das manifestações como dos disparos continuam impunes."

Recordando das mortes de Aiube, Nametil, Montepuez, Mocimboa da Praia, Mogincual, já digo o mesmo para Dhlakama deixar de pensar em manifestacão a partir de Nampula.

umBhalane disse...

Face à adenda 2, fui ler:

"os partidos pretendem a convocação de novas eleições e a criação de um Governo de Unidade Nacional (GUN), sob acompanhamento da Organização das Nações Unidas (ONU)."

De facto, ou eu estou completamente errado, ou a oposição Moçambicana não lê os mesmos "livros" da frelimo.

Não lê mesmo, nem consulta os mesmos dicionários!!!

GUN - procurei, debalde, no dicionário que a frelimo utiliza, e não encontrei esta palavra. Nada, mesmo.

O mais parecido que consegui encontrar foi N'GUNAR, tornar N'Guni.

ricardo disse...

Mine a uni TENDERE (Ninguém me liga nenhuma)...

http://jazzandbluesweb.com/samples/EUCD2250_Tr02.mp3

BK disse...

Depois de décadas mandando e desmandando sozinho nos negócios de Moçambique, o partido Frelimo acumulou recursos financeiros e pessoais que lhe permitiu entrar na disputa multipartidária como um tractor capaz de derrubar qualquer obstáculo à sua frente. Para isso ela tem condiçoes de usar dinheiro, chantagem e até a força policial e militar. A exemplo do que ocorreu no México com relação ao PRI, não será em 3 eleições diretas que veremos o panorama político de MZ. Há que considerar que quase toda a oposição, principalmente os mais velhos, que afinal são os principais protagonistas da política moçambicana, já esteve, mesmo que por conveniência, nas fileiras da Frelimo (em um pais de ditadura patidária não tem muita opção, não é mesmo?).
Penso que a nova geração de poíticos poderá trazer novas perspectivas - falo daqueles jovens que efetivamente participam e acompanham o processo politico, mas até lá, há muito que fazer. repudio esses atos oportunistas pôs eleitorias, de todas as facções. Tanto as declarações bélicas do chefão da Renamo como a demonstração ostensiva de força militar da Frelimo (embora quanto a este último acho que se as forças estivessem atuando por Moçambique, sem vículo partidário, tratar-se-ia de prevenção legítima, para garantir a estabilidade política e militar, diante de ameaças descaradas).
Parece que teremos de sucumbir ao método Malgaxe, o típico toma lá da cá e o povo na linha do fogo...

Assim, Guebuza também tem de encontrasse uma solução viável para negociar com os assaltantes e assassinos que assolam Moçambique para o bem do povo Moçambicano...
E estes últimos podem lançar mão da pobreza para legimitar suas posições...

Anónimo disse...

Eu acho que a Constituição, se ela funciona, permite as manifestações.

PORQUE NÃO DEIXAR QUE A GENTE SE MANIFESTE? EM PAZ E SEM VIOLÊNCIA? deixem AS PESSOAS MANIFESTAREM-SE, ISSO FAZ PARTE DA DEMOCRACIA, FAZ PARTE DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO!!!

E é um escape que o capitalismo "inventou" para permitir que as pessoas libertem a carga extra que levam consigo e assim evitar as guerras!

Viva a liberdade de expressão!

umBhalane disse...

"E é um escape que o capitalismo "inventou" para permitir que as pessoas libertem a carga extra que levam consigo e assim evitar as guerras!"

CONCORDO EM ABSOLUTO.

Por isso é que as ditaduras capitalistas ocidentais preoconizam eleições em África.

Para tentar evitar lutas de catana, etnicas/outras, e tentar transferir essa violência para as urnas/eleições.

E pagam, ainda por cima.

A bem das democracias Africanas, nomeadamente as Austrais/SADC.

Temos assim, diaturas ocidentais a subsdiar democracias africanas.

Será um paradoxo?