Na sua habitual crónica no semanário "Domingo" desta semana, com o título "Sobre fraudes reais e imaginárias", o coronel na reserva Sérgio Vieira traçou o seguinte retrato ao que parece de Afonso Dhlakama, presidente da Renamo (a vermelho coloquei as partes que julgo serem interessantes), por ele proposto, já, como arguido: "Um caceteiro, pelas bandas de Nampula, inventa que treina 4.000 homens, alega que a polícia e segurança nacionais pretendem raptar ou liquidar o nosso enfermo chefe da oposição. Os 4.000 homens só existem na imaginação do arruaceiro. A ameaça de recurso à violência deveria fazer intervir a procuradoria, que parece adormecer quando se trata de casos, alegadamente, políticos. Que na barra do tribunal o arguido prove sofrer de alucinações mentais, que o absolvam." (p. 5)
Adenda às 12:18 de 14/12/09: um leitor escreveu-me dizendo que Vieira fala de Simão Bute e não de Dhlakama, sendo Bute chefe do regimento de protecção armada do segundo.
4 comentários:
Kramer contra Kramer, revisitado pelo Vieirismo-Cientifico.
Era preciso escrever qualquer coisa naquele pedaco de papel. Pois nem publicidade deveria haver para ocupar o seu lugar...
O 'coronel' das reservas preocupa-se com as ameaças de violencia mas não se incomoda com os arruaceiros que promoveram a violencia na campanha da Frelimo e muito menos se preocupa com as provocações e intimidação protagonizada pelos camaradas em Nampula.
Quem sofre de alucinações, quem é?
Eu acho que ele se devia preocupar com o passado escuro dele e ir muitas vezes à missa para pedir perdão, já que ao povo ele não tem coragem! Seguramente que ele ainda se deve lembrar do que fez!
Uma procuradoria adormecida? Possivelmente para compensar o período de hibernação em que se encontra mergulhada desde aquela sessão da primeira legislatura do Parlamento pluripartidário em que o chefe da bancada do partido maioritário (cronista dominical nas horas vagas...) confirmou, de viva voz, que o seu regime havia executado extrajudicialmente uma série de figuras políticas nacionais, com a agravante de na altura não ter ainda sido decretada a lei da pena de morte no país.
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