13 dezembro 2009

(139) 13/12/09


Na sua habitual crónica no semanário "Domingo" desta semana, com o título "Sobre fraudes reais e imaginárias", o coronel na reserva Sérgio Vieira traçou o seguinte retrato ao que parece de Afonso Dhlakama, presidente da Renamo (a vermelho coloquei as partes que julgo serem interessantes), por ele proposto, já, como arguido: "Um caceteiro, pelas bandas de Nampula, inventa que treina 4.000 homens, alega que a polícia e segurança nacionais pretendem raptar ou liquidar o nosso enfermo chefe da oposição. Os 4.000 homens só existem na imaginação do arruaceiro. A ameaça de recurso à violência deveria fazer intervir a procuradoria, que parece adormecer quando se trata de casos, alegadamente, políticos. Que na barra do tribunal o arguido prove sofrer de alucinações mentais, que o absolvam." (p. 5)
Adenda às 12:18 de 14/12/09: um leitor escreveu-me dizendo que Vieira fala de Simão Bute e não de Dhlakama, sendo Bute chefe do regimento de protecção armada do segundo.

4 comentários:

ricardo disse...

Kramer contra Kramer, revisitado pelo Vieirismo-Cientifico.

Era preciso escrever qualquer coisa naquele pedaco de papel. Pois nem publicidade deveria haver para ocupar o seu lugar...

JOSÉ disse...

O 'coronel' das reservas preocupa-se com as ameaças de violencia mas não se incomoda com os arruaceiros que promoveram a violencia na campanha da Frelimo e muito menos se preocupa com as provocações e intimidação protagonizada pelos camaradas em Nampula.
Quem sofre de alucinações, quem é?

Anónimo disse...

Eu acho que ele se devia preocupar com o passado escuro dele e ir muitas vezes à missa para pedir perdão, já que ao povo ele não tem coragem! Seguramente que ele ainda se deve lembrar do que fez!

João Cabrita disse...

Uma procuradoria adormecida? Possivelmente para compensar o período de hibernação em que se encontra mergulhada desde aquela sessão da primeira legislatura do Parlamento pluripartidário em que o chefe da bancada do partido maioritário (cronista dominical nas horas vagas...) confirmou, de viva voz, que o seu regime havia executado extrajudicialmente uma série de figuras políticas nacionais, com a agravante de na altura não ter ainda sido decretada a lei da pena de morte no país.