12 julho 2008

Recordando a "Operação Murambatsvina" de 2005 no Zimbabwe

Recordemos o impacto da Operação Murambatsvina (=varrer o lixo) de 2005 no Zimbabwe. Segundo uma fonte: "(...) o governo do Presidente Robert Mugabe autorizou operações como a chamada Murambatsvina forçando pessoas que moravam nos subúrbios de Harare (capital do Zimbábue) a abandonarem suas casas em maio de 2005. Essa ação afetou mais de 700.000 famílias. A ONU calcula que mais de 2,4 milhões de pessoas perderam seus lares. O governo defende que essa ação foi realizada para combater ocupações ilegais de moradias, porém os companheiros relataram que essa medida foi mais uma ação para reprimir a oposição ao governo. Segundo relato, o governo, nessa época, tinha temor que uma grande manifestação acontecesse e julgava que esse movimento estava sendo organizado nos subúrbios de Harare, por isso a ordem de destruição das casas nessa região. Essa operação além de destruir milhares de lares, afetou a população de várias formas, como em relação à segurança alimentar e muitas pessoas portadoras de HIV/AIDS não conseguiram ter acesso aos programas de medicamento de HIV/AIDS que já estavam em curso. Nessa operação há uma estimativa de que por volta de 10.000 pessoas morreram." Segundo outra fonte: "Milhares de casas foram completamente arrasadas por bulldozers da polícia zimbabweana, nos ultimos meses, deixando os seus residentes sem abrigo. O relatório das Nações Unidas descreve a destruição de casas precárias nas zonas urbanas do Zimbabwe como uma "aventura desastrosa", que deixou setecentas mil pessoas sem abrigo ou emprego."
Observação: é muito curioso como alguns são capazes de esquecer rapidamente fenómenos como o exposto quando fazem o saldo generoso da governação do regime de Mugabe.

14 comentários:

Xiluva/SARA disse...

Bolas Carlos vc acha mesmo que os mugabistas se interessam por isso? Analise o que eles escrevem aqui e no matutino Notícias...

Carlos Serra disse...

Nem todos mugabizam a vida, Sara...

Anónimo disse...

Era bom que se fizesse o saldo mortos/habitante no período colonial e mortos/habitante no regime de Mugabe resultantes de opções políticas e de governação para se tirarem conclusões menos afectadas que as que muitos continuam a tirar.

Anónimo disse...

This is where Mugabe and his henchmen should be sent to:
http://www.icc-cpi.int/home.html&l=en

Anónimo disse...

Mas caro R. Mugabe, o colonialismo já todos sabemos que foi um regime diabólico, agora que você queira medir o regime patriótico instalado em Harare pela mesma medida é que me surpreende. Mas pelo caminho que vai o novo regime é bem capaz de alcançar o colonialismo nos tais índices de mortos/pessoa. A ver vamos, disse o cego ao surdo....

Anónimo disse...

Na Europa, por exemplo, não se mobilizam buldózeres para destruir habitação ilegal, que coloque em risco a harmonia urbana? Os aguerridos comentadores que frequentam este blog nunca viram isso acontecer, por exemplo, em Lisboa? Porque então as lágrimas de crocodilo quando isso ocorre em Harare.

Carlos Serra pode dizer quantos habitantes tem Harare? O cuidado com os números é um dos quisitos fundamentais de qualquer analista. Se 2.400.000 pessoas tivessem sido expulsas de Harare, quantas teriam ficado lá?

Já reparou, Carlos Serra, que seu texto está prenhe de contradições? Num lado informa-nos que as Nações Unidas calcularam em 2.400.000 habitantes afectados. Noutro lado fala em 700.000 famílias. E, finalmente, noutro lado fala em 700.000 pessoas pessoas. (Faço notar que 700.000 famílias é diferente de 700.000 pessoas). Em qual dos números prefere que acreditemos?

Florindo Hambene

Anónimo disse...

Parece que estamos em presença de uma campanha de manipulação concertada em que as meias verdades, a distorção dos factos e a mentira despudorada são os factos que se dão aos leitores para julgarem a situação política do Zimbabwe. É pena que pessoas do calibre intelectual do Professor carlos Serra se prestem para este género de mistificações.

Gabriel Matsinhe

Anónimo disse...

Eu acho que o que està a acontecer neste bloco tem o seu espaço no livro:''Obesidade Mental'', do prof.Andrew Oitke, catedratico de Antrpologia em Havard. Livro publicado em 2001, onde introduziu o conceito ''Obesidade Mental'' para descrever o que considera o pior problema da sociedade moderna.

(Paulo Granjo) disse...

Será que este esquecimento decorre da lembrança da Operação Produção?

Anónimo disse...

E falando da operacão producão que diria Gabriel Matsinhe

teixap disse...

Bem, tentar contrariar a tal "Obesidade Mental" procurei referências a esse "livro", "autor" e nada... Mas parece que não fui só eu a acabar com a cabeça vazia....como se vê em:

http://mancunianway.blogspot.com/2006/02/mistrio.html

António Teixeira

Carlos Serra disse...

Pois é, pois é...

Anónimo disse...

Não se está a falar da Operação Produção. Está-se a falar das mentiras despudoradas que académicos do calibre de Carlos Serra se prestam a promover.

Foi feita uma pergunta: Quantos habitantes tem Harare? Como é que os números avançados por Carlos Serra se enquadram nessas estatísticas demográficas?

Como foram claramente apanhados a mentir preferem correr para a operação produção! Nem mentir sabem!

Anónimo disse...

Os responsáveis de operacão producão são os defensores da operacão Murambatsvina.Ou estou errado?