6. Corpo, nudez e sexualidade de mercado. Escrevi no número anterior que o strip-tease permite dois movimentos de erotismo: a sexualização no primeiro movimento, a dessexualização no segundo. O segundo movimento completa e inutiliza o primeiro pelo excesso, pela ênfase. O ritual do strip-tease acaba, afinal, por "dessexualizar a mulher no próprio momento em que é despida", para usar, de novo, uma imagem de Roland Barthes. Cenário, acessórios e estereótipos mostram a nudez para melhor a fazerem esquecer, confinando-a ao mundo do espectáculo.
Prossigo mais tarde.
(continua)
3 comentários:
A 'preta" onde fica então?
Ponham a cerveja como cerveja e não como mulher!!!!!!!
Lá tentarei chegar, Salvador.
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