02 outubro 2011

Um texto de Samora Machel (5)

Prosseguindo a série. Hoje os momentos são outros, a roda da história parece ter outra história, as maneiras por que se lê e se analisa o que se passa utiliza estradas diferentes. Tenho para mim que não é má ideia recordar extractos de um texto de Samora Machel e retomar contacto com categorias analíticas que parecem perdidas, num país como o nosso onde é cada vez mais forte a presença do Capital internacional e, em particular, do Capital mineiro (clique na imagem abaixo com o lado esquerdo do rato para a ampliar):
Referência: Machel, Samora Moisés, O processo da revolução democrática popular em Moçambique (1970?). Maputo: Departamento de Informação e Propaganda, 1976, in Colecção estudos e orientações, Instituto Nacional do Livro e Disco, 1980, 78 pp.
(continua)

4 comentários:

Eugénio Chimbutane disse...

Prof.
Parece que os defeitos de ontem, viraram virtudes de hoje.
Substituir e nao transformar.

BMatsombe disse...

Por outras palavras, a guerra gerava lucros. Quanto aos lucros de hoje, não se fala mais em imperialismo mas em "luta contra a pobreza".

ricardo disse...

De um modo geral, o crescimento era constante a medida que os anos avancavam. Nao obstante, o factor tecnologico nao deve ser desprezado em alguma das industrias transformadoras que mostram tendencia negativa. Outro aspecto interessante e perceber que os salarios subiram em media, para o dobro. Por outro lado, ao contrario do que propaganda anti-colonial difundia, Mocambique nao era, ao contrario do que vemos acontecer, somente um reservatorio de materia-prima. Havia industria, diversificada, que ia da ligeira, a pesada. Ou seja, a materia-prima era cada vez mais transformada localmente.

No pos-independendia, os conflitos armados. A falta de capacidade tecnica para manter e modernizar a industria mataram a industria. E a politicas de 1986 confirmaram a morte pela certidao de obito. Vide o caso paradigmatico do Caju.

Sem duvidas, estatisticas muito interessantes. Inclusive em 2011.

Salvador Langa disse...

Imperialismo não gosta de palavras 'feias'.