17 fevereiro 2011

A cada um segundo as suas necessidades, a cada segundo o seu Samora (8)

Se é o homem é a medida de todas as coisas, a política é a medida de todos os heróis.
Vamos lá então avançar um pouco nesta encruzilhada samoriana.
Perguntei-me e perguntei-vos, no número anterior, quantos prismas é possível adoptar no tocante a Samora Machel, ícone nacional este ano tornado modelo político. E perguntei-me e perguntei-vos por quê.
Prossigo na abordagem do prisma social inconveniente, aquele que salienta o transformador social que habitava Samora.
Escrevi no número anterior que, obtida a independência nacional, o país torna-se o laboratório de algumas medidas destinadas a criar novos tipos de relações sociais. Mas ao considerarmos essas medidas, temos de ter em conta três aspectos: (1) A herança da luta de libertação, (2) O corpo doutrinário das mudanças e (3) o impacto de ambas as coisas. Naturalmente que muitos são os aspectos a considerar na luta de libertação nacional. Mas há um aspecto que, desde já, gostaria de salientar: a natureza militar da luta contra um inimigo com bem mais recursos, a intransigência castrense daí nascida, a mentalidade dura daí decorrente.
Prossigo mais tarde (crédito da foto aqui).
(continua)

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