Em epígrafe, um título propositada e perversamente bem ao ritmo da ideia de que se a realidade é uma construção, cada herói também o é. De forma ainda mais perversa: a verdade é o que cada um, melhor, o que cada grupo entende que ela deve ser, a realidade é uma interpretação. Então, neste ano já decretado como sendo de Samora Machel, principiaram os hinos e os ditirambos sobre o primeiro presidente da nação. Por outras palavras, Samora começou a ser interpretado, começou a ser inventado (crédito da foto aqui).
(continua)
6 comentários:
Professor,
Eu tinha falado com o Samito, sobre a possibelidade de trabalhar a Imagem do Machel, quando eu ainda estava em Mocambique, e ate disse-lhe para que ele apresentasse a ideia a Graca,
Eu gostaria mesmo de trabalhar a Imagem do Machel, sentiria-me bastante Honrado, e era capaz de por ela ( a Imagem do Machel ), a um nivel bem alto.
Mas os "nossos" nao aceitam, essas coisas bonitas que agente quer fazer pelo pais.
Ainda nao consegui descobrir porque ?
Duas coisas me impressionam: (1) a história (verdadeira, que tem testemunho, que é exemplo, em que se deve inspirar, que é real...) é dos vencedores, (2) a história constrói-se (a história prepara-se, organiza-se). Nã obstante, em relação ao último ponto, relevar que entre a história e o homem, há sempre um contínuo (acho). (in)consciêntemente o homem faz a sua própria história e esta, por sua vez, vai moldando o mesmo homem...
MAs que título que título!!!! E estou mesmo a imaginar o que vai sair daqui. Que venha!
O Professor costuma dizer que é samorista...
Sim, costumo. E mais tarde a série prossegue.
Acho o título muito sugestivo: convidar/sugerir , descodificar, reinterpretar e desmistificar à luz da couraça ideológica que cada um transporta
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