04 setembro 2008

Para que servem?

Escreve o "Notícias" de hoje que "uma missão vietnamita chefiada pelo Vice-Ministro da Ciência e Tecnologia, Thach Can, deslocou-se esta terça-feira ao distrito de Chókwè, província de Gaza, para uma avaliação das possibilidades de assistência técnica aos agricultores no regadio local que trabalham na produção de arroz."
Pergunta: para que servem os nossos engenheiros, para que servem as nosssas universidades?

16 comentários:

Anónimo disse...

Simplesmente embarassoso! Afinal, qual e' a funcao do MCT? E' uma instituicao de pesquisa ou re regulamentacao cientifica? Onde e' que estao as nossas universidades? E o MiNAGRI na voz do IAM?

Anónimo disse...

Servem para estar nos gabinetes do Ministerio, a navegar, tomar café, viajar pelo mundo e puluir Maputo com 4x4.

Anónimo disse...

Aguardem mais a frente perceberao as ideias do padre da UEM e seus cumparsas, destruir as instituicoes de formacao superior mocambicanas para servir os estrangeiros, que serao chamados sempre para vir dizer o que devemos fazer, nao sei se e intencional, mas e para la que estamos a caminhar. Formaremos coisas em tres anos a que chamaremos baichareis em ciencias de saude e depois iremos trazer chineses aos milhares para antender os mocambicanos, porque nao mandar mocambicanos para serem formados nesses paises.

Unknown disse...

Os nossos engenheiros nunca se preocuparam em explorar seus conhecimentos no campo. A maior preocupação que têm é de estarem sentados nos gabinetes sem fazer nenhum, viverem no luxo e terem dinheiro fácil.
Deveria haver uma estratégia de colocação desses profissionais no campo logo após a formação. Só assim é possível evitar a contratação da mão-de-obra estrangeira.

Isto está de pernas para o ar!

Anónimo disse...

Carlos Serra tem, com frequência, convidado sociólogos estrangeiros para virem dirigir seminários em Moçambique. Para que servem os sociólogos moçambicanos.

Para quem não sabe Vietname é um grande produtor de arroz. Poderíamos, sozinhos, tentar descobrir como investigar variedades apropriadas para nós, como multiplicar sementes, como fazer o fomento, como fazer a extensão... Mas se podemos nos inspirar num país que já faz isso muito bem, qual é o mal? Aprender dos bons e dos melhores é um acto de sabedoria.

Carlos Serra esteve no Brazil há pouco tempo. Acredito que convidado por académicos daquele país. Deve ter pronunciado conferências. Será que não há sociológos no Brazil?

Anónimo disse...

Nos tempos do colonialismo e da independência havia ricas experiências em Gaza, veja o caso dos machongos. Para quê agora vietnamitas quando tempos bons engenheiros agrícolas? E para quê este anónimo precisa ficar anónimo? Tem medo de quê camarada?

Anónimo disse...

Que comparacao sociologia e agricultura, he he he. Esses vietnamitas nao veem partilhar experiencias metodologicas e teoricas com agronomos mocambicanos vem para dar assistencia tecnica aos agricultores, custa perceber onde esta o problema? Isso e responsabilidade do Estado mocambicano, e quadros para o efeito nao faltam. Mandam soldados para serem formados em preparar sumos para as counidades, o que fazem os extensionistas e os regentes agricolas? Querem formar soldadores e cozinheiros na UEM? Felizarda a UP que ganhou um reitor que esta a recolocar a funcao da Universidade, quem tem certificado falso ou nao tem decima segunda fora, ja a UEM ganhou excatamente o contrario, quando nao ha estudantes suficientes admite-se ate gente sem o ensino medio completo. E a burla ao cidadao pobre em nome da massificacao do ensino superior.

umBhalane disse...

"Numa casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão"

Onde começa o rio?

Na foz, a meio de quaisquer percursos?

Sugiro, que em vez de se focalizar nas Universidades, para os seus formados, se vá à origem dos problemas.

A quem compete utilizar a prata da casa?

"O que se deveria fazer com os recursos de que se dispõe não é feito devido a propósitos determinados." - Noé Nhantumbo.

Quem dirige, governa o País?

E as questões colocadas pelo "camarada" anónimo, são também pertinentes, requerendo idênticas respostas.

Anónimo disse...

Tem k haver cooperaçao em varias areas e vietnam e nosso parceiro de coop..., se eles vem trazer conhecimento sao bem vindos.nossos agronomos so kerem 4by4 vamos dixar os querem ensinar a combater a fome e juntos fazermos a revoluçao verde.

Sensualidades disse...

prvavelmente para trabalhos onde recembem pouco e fazem muito

Joaks

paula

Anónimo disse...

PROF. SERRA eu percebo essa inquietação, mas a resposta é uma beka lógica, Ora!

-os nossos quadros formados realmente tem um defice de aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo da formação e uma das razões poderá ser a falta de recursos tecnológicos,etc
-resumindo acho que os nossos engenheiros formados aqui muitos deles só sabem a teoria e a prática nao se vê...

e diria que alguns k conseguem umas bolsas para fora quando voltam já não querem saber dessas coisas de aplicar o conhecimento no terreno pq o que está a dar paara muitos é ficar, como disseram muitos aqui, no escritório e curtir os 4x4...e abusa má regalia...etc

Enfim acho que a vinda deles não é má e percebo que os nacionais deviam fazer isso mas epá...ainda temos problemas de passar da teoria a prática.

É O PAÍS DA MARABENTA!

Anónimo disse...

Nao existe uma unica universidade que forma gente com pratica suficiente, experiencia adquire-se com tempo de trabalho. Daqui a alguns anos, fruto da politiquices e as passagens autoamticas havemos de importar escriturarios, datilografos, motoristas porque um pedaco de mocambicanos nao tera qualificara para exercer essas actividades. Nao bastaram as licoes estruturais a partir das quais os boers sulafricanos relegaram os negros e pobres sulafricanos, estamos nos copiando-os, formar mal os pobres para serem marginais. Se a solucao para as areas que temos lacunas importar tecnicos, entao importemos quadros seniores de outros paises para gerirem o pais. 'A vitoria prepara-se, a vitoria organiza-se' Samora Machel.

Anónimo disse...

Companheiros da ofincina,

Acredito que temos (ainda) bons agrónomos, e também os tais (a somente) navegar, no escritório, assim como nas cidades com os 4x4. Achar que todos são como ultimos, não parece justo nem racional.

Não é mau (de todo) aprender de quem sabe (venha de onde vier), antes pelo contrario. Mas me parece que não se tem aceitado aprender dos locais, com a mesma abertura que se aceita dos externos. Tem-se pago (e não pouco) com mais facilidade a "consultores" externos para virem fazer A, B, C etc. Muitas vezes, eles vêm e têm de ser ensinados pelos que cá encontram, fazer o trabalho pelo qual recebem balurdios. Se calhar, mesmo com um valor 5 vezes menor, o quadro local ficaria já satisfeito e motivado para fazer um belo trabalho. E acredito que muitos, mesmo sem serem pagos como merecem já o fazem.

Hoje ainda temos alguns bons quadros. Daqui há mais algum tempo, não sei, se se continuar com estas iniciativas populistas de formar em quantidade, sem qualidade.

V.I

Carlos Serra disse...

O meu problema não está na cooperaçcão, o meu problema está em saber que temos gente capaz. E de fazer bem mellhor do que pensamos.

Anónimo disse...

Exportamos mocambicanos ate para dirigirem a FAO na Nigeria, um dos maiores produtores agricola em Africa. Em 1999 Chissano incentivou Mocambicanos a voltarem ao pais para darem o seu conhecimento aqui, e era crescente o espaco para a aposta na tecnologia produzida por quadros nacionais. Agora que a revolucao triunfou os quadros nacionais estao de saida e se ficam sao marginalizados quando discordam das arbitrariedades dos chefes alguns de competencia duvidosa e cuja arma e doa a quem doer sera como eu quero, perguntem ao pessoal da Faculdade de medicina.

Anónimo disse...

Só pelos comentarios dá para entender que esse homem é abênçoado por Deus.