Por razões de saúde - o que profundamente lamentamos no Centro de Estudos Africanos -, não vamos poder contar com a Doutora Alcinda Honwana como segunda conferencista da nossa III Conferência Internacional. Em seu lugar estará a Colega da Guiné-Bissau, Doutora Patrícia Godinho Gomes (na imagem), investigadora em Estudos Africanos na Universidade de Cagliari na Itália, autora e co-autora de vários livros e actualmente em trabalho de pesquisa pós-doutoral no Brasil. A Doutora Patrícia Gomes (a intervir no dia 20 de Novembro) juntar-se-á assim ao primeiro conferencista, da África do Sul, Doutor Albie Sachs (a intervir no dia 19 do mesmo mês).
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
31 outubro 2014
Quintas eleições gerais de Moçambique (20)
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Adenda às 01:41: dois textos na "Rádio França Internacional", em português, aqui e aqui.
Adenda 2 às 12:29: posição do bastonário da Ordem dos advogados de Moçambique, aqui.
Adenda 3 às 20:06: "CNE vai deliberar até sábado sobre reclamação da Renamo", leia aqui.
Sobre o mexeriquismo político (7)
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Mulhavace
Com coreografia da bailarina e coréografa Pérola Jaime, a Companhia Nacional de Canto e Dança apresentará na III Conferência Internacional do Centro de Estudos Africanos uma adaptação do bailado "Mulhavace" (mulher invisível), um hino à mulher, durante cerca de 45 minutos. Participe na conferência e verá outros momentos culturais relevantes. Foto reproduzida daqui.
30 outubro 2014
Quintas eleições gerais de Moçambique (19)
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Adenda às 04:34: o "Notícias" digital de hoje retoma a notícia da "Rádio Moçambique", tornada conhecida neste diário ontem (aqui), dando conta de um encontro entre o embaixador americano e os presidentes dos partidos Renamo e MDM, no qual o primeiro aconselhou os segundos a não aceitarem os resultados eleitorais e a desencadearem acções de protesto. Aqui. Tal como a "Rádio Moçambique", o "Notícias" não fez uso do contraditório e não ouviu o embaixador e os dois presidentes partidários.
Adenda 2 às 04:36: observações do Centro Carter e do EISA ao apuramento dos resultados segundo a "Lusa", aqui.
Adenda 3 às 04:38: confira o que escreveu o jornalista Paul Fauvet da "Agência de Informação de Moçambique" sobre os resultados da contagem paralela efectuada pela Renamo, aqui.
Adenda 4 às 04:40: confira um texto na "Voz da América", aqui.
Adenda 5 às 04:43: "Partidos da oposição moçambicanos desmentem informações postas a circular de que embaixador dos EUA os teria aconselhado a não reconhecer os resultados eleitorais. Embaixada norte-americana fala em "falta de seriedade"." Aqui.
Adenda 6 às 04:49: "Gambito da Renamo - forçar a questão após as eleições de 2014 em Moçambique" - título de um trabalho de Grant Masterson and Olufunto Akinduro aqui.
Adenda 7 às 04:53: um texto da "Rádio França Internacional" aqui.
Adenda 8 às 15:03: em conferência de imprensa hoje realizada, o Tribunal Supremo anunciou ter anulado os resultados de 26 mesas de voto no distrito de Tsangano, província de Tete, devido a actos de violência ali registados quando das eleições de 15 de Outubro. Segundo Pedro Nhatitima, porta-voz do Tribunal, caberá agora à Comissão Nacional de Eleições mandar repetir ou não as eleições.
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Adenda 10 às 15:38: o porta-voz da CNE afirmou não terem sido apresentadas reclamações e contraprocessos capazes de pôr em causa os resultados eleitorais.
Adenda 11 às 15:41: o director-geral do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral procede agora à leitura dos resultados.
Adenda 12 às 15:56: não há alterações de relevo nos resultados que estão a ser apresentados, quando comparados com os resultados parciais anunciados há dias.
Adenda 13 às 16:10: terminou a leitura dos resultados, terminou a cerimónia, Filipe Nyusi e Frelimo venceram oficialmente as eleições.
Adenda 14 às 17:03: No tocante a assentos da Assembleia da República: Frelimo 144, Renamo 89 e MDM 17.
Adenda 15 às 17:17: falta agora a decisão final do Tribunal Constitucional.
Adenda 16 às 17:19: "A Frelimo terá 144 deputados na Assembleia, menos 47 do que o actual grupo parlamentar, a Renamo aumenta a sua presença de 51 para 89 mandatos e o MDM passa de oito para dezassete. " Aqui.
Adenda 17 às 17:40: segundo a "Folha de Maputo" digital, o mandatário da Renamo, André Majibire, afirmou a jornalistas que os resultados anunciados são fraudulentos e que o seu partido irá impugná-los. Aqui.
Adenda 18 às17:43: não há ainda notícia da reacção do presidente da Renamo, Afonso Dhlakama.
Adenda 19 às 17:45: segundo o "SapoNotícias" digital, a abstenção foi de 51,51% nas legislativas e de 51,36% nas presidenciais. Aqui.
Adenda 20 às 18:39: esta tarde, em alguns pontos da cidade de Maputo, receou-se que houvesse perturbações sociais após o anúncio dos resultados.
Adenda 21 às 20:26: a Renamo apresentou hoje um protesto formal contra os resultados.
Adenda 22 às 20:26: "CNE dividida declara a vitória da Frelimo" - eis o título do Boletim sobre o Processo Político em Moçambique (74), editado por Joseph Hanlon, com data de hoje, a dar a conhecer amanhã.
Sobre o mexeriquismo político (6)
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29 outubro 2014
Situações delicadas
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Observação: estamos perante duas situações muito delicadas, uma via dito público mencionando o Canadá e outra via sms mencionando os embaixadores de Portugal, Estados Unidos e Itália. Entretanto, ontem ainda, alertei para o risco de proliferação de boatos na internet. Aqui. A Comissão Nacional de Eleições deverá anunciar até amanhã os resultados finais das eleições e pode acontecer que até ao anúncio - e mesmo depois - venham a surgir mais boatos, seja por sms, seja através de blogues e páginas das redes sociais digitais, intencionalmente produzidos e distribuídos.
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Adenda 2 às 18:08: a notícia transmitida pela "Rádio Moçambique" traz para a cena política nacional um conteúdo inquietante. Para já, uma pergunta: quem são as fontes anónimas?
Adenda 3 às 18:46: falta acrescentar que os jornalistas Emílio Manhique da "Rádio Moçambique" e Gustavo Mavie da "Agência de Informação de Moçambique" afirmaram à "Rádio Moçambique" no noticiário das 18 horas que receberam ameaças de morte via sms.
Adenda 4 às 18:51: até este momento, não há alguma reacção no portal da embaixada americana em Moçambique, aqui.
Adenda 5 às 19:48: até agora, não há notícia de Griffiths, Dhlakama e Simango terem sido ouvidos pela "Rádio Moçambique". O portal da emissora é, até este momento, omisso sobre a notícia da adenda 1.
Sobre o mexeriquismo político (5)
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Ante a profecia nãorealizável da Renamo: o que vai agora suceder? (10)
-"[...] Desta vez a vitória é nossa, uma vez que as condições já estão criadas para o efeito. A vossa presença massiva (no comício) mostra claramente que Dhlakama já é inquilino da Ponta Vermelha. E isso está fazer com que alguns candidatos respirem fundo. No dia 15 vamos apenas às urnas confirmar a nossa vitória”, disse o candidato da Renamo."Aqui.
-"A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) reivindicou esta quinta-feira, dia 16 de Outubro, vitória nas eleições gerais de 15 de Outubro em Moçambique e disse que não reconhece os resultados eleitorais, anunciou o porta-voz do partido." Aqui. (recorde a adenda 12 aqui)
Décimo número da série. Passo ao oitavo ponto do sumário proposto aqui, a saber: 8. Teorias da grande conspiração e o papel da mão externa. Somos quer um país fértil na produção de teorias de conspiração, quer um país alvo dessas teorias. Internamente, a propósito dos mais variados motivos, dos protestos populares ao desporto, ao nível do Estado e das mais comezinhas direcções, é frequente atribuir à conspiração tenebrosa a razão de ser dos problemas surgidos. Nessa atribuição, o papel da mão externa, da mão internacional, joga um papel fundamental. O período eleitoral no país foi motivo para o surgimento de uma teoria conspiratória com mão externa, desta vez a nível de uma ciberautoria anónima, a saber: a Frelimo contratou uma empresa israelita especializada em software e sistemas eleitorais para organizar a fraude mediante pagamento de milhões de dólares. Essa teoria-boato (cheia de detalhes de contrapropaganda, parecendo ser um produto preparado em laboratório de serviços de inteligência) começou a ser disseminada antes das eleições e, depois, gradualmente - apoiada por páginas nas redes sociais, neste ou naquele jornal digital e por certos blogues do copia/cola/mexerica, com múltiplas variações -, entrou também, via sms, nos telemóveis nacionais. A Renamo, como desde 1994 tem feito, não perdeu a oportunidade para adoptar de imediato tão útil teoria-boato. Na verdade, mal os primeiros resultados provisórios das eleições de 15 de Outubro surgiram na imprensa, a Renamo afirmou publicamente, via porta-voz, que havia fraude. Acresce que, no sentido contrário, a Frelimo, partido gestor do Estado, também não perdeu nem perde a oportunidade, desde 1994, de defender que as eleições foram e são transparentes, sendo de somenos os problemas registados. Recorde aqui.
-"A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) reivindicou esta quinta-feira, dia 16 de Outubro, vitória nas eleições gerais de 15 de Outubro em Moçambique e disse que não reconhece os resultados eleitorais, anunciou o porta-voz do partido." Aqui. (recorde a adenda 12 aqui)
Décimo número da série. Passo ao oitavo ponto do sumário proposto aqui, a saber: 8. Teorias da grande conspiração e o papel da mão externa. Somos quer um país fértil na produção de teorias de conspiração, quer um país alvo dessas teorias. Internamente, a propósito dos mais variados motivos, dos protestos populares ao desporto, ao nível do Estado e das mais comezinhas direcções, é frequente atribuir à conspiração tenebrosa a razão de ser dos problemas surgidos. Nessa atribuição, o papel da mão externa, da mão internacional, joga um papel fundamental. O período eleitoral no país foi motivo para o surgimento de uma teoria conspiratória com mão externa, desta vez a nível de uma ciberautoria anónima, a saber: a Frelimo contratou uma empresa israelita especializada em software e sistemas eleitorais para organizar a fraude mediante pagamento de milhões de dólares. Essa teoria-boato (cheia de detalhes de contrapropaganda, parecendo ser um produto preparado em laboratório de serviços de inteligência) começou a ser disseminada antes das eleições e, depois, gradualmente - apoiada por páginas nas redes sociais, neste ou naquele jornal digital e por certos blogues do copia/cola/mexerica, com múltiplas variações -, entrou também, via sms, nos telemóveis nacionais. A Renamo, como desde 1994 tem feito, não perdeu a oportunidade para adoptar de imediato tão útil teoria-boato. Na verdade, mal os primeiros resultados provisórios das eleições de 15 de Outubro surgiram na imprensa, a Renamo afirmou publicamente, via porta-voz, que havia fraude. Acresce que, no sentido contrário, a Frelimo, partido gestor do Estado, também não perdeu nem perde a oportunidade, desde 1994, de defender que as eleições foram e são transparentes, sendo de somenos os problemas registados. Recorde aqui.
Adenda às 11:16: leia esta notícia aqui.
28 outubro 2014
Soft Vengeance
"Soft vengeance" (70 minutos) terá estreia nacional no decorrer da III Conferência Internacional do Centro de Estudos Africanos (19/20 de Novembro), no Teatro Scala, cidade de Maputo. Além de Albie Sachs, poderá estar presente a realizadora americana Abby Ginzberg. Participe na conferência e verá ainda outros momentos culturais relevantes.
Sobre o mexeriquismo político (4)
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Quintas eleições gerais de Moçambique (18)
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Adenda às 08:44: "Cuinica afirmou que ilícitos que têm sido denunciados por observadores moçambicanos e estrangeiros, bem como pelos partidos da oposição, não terão dimensão para impedir sequer a eleição de um deputado da Assembleia da República, um membro da assembleia provincial ou o chefe de Estado." Aqui.
Ante a profecia nãorealizável da Renamo: o que vai agora suceder? (9)
-"[...] Desta vez a vitória é nossa, uma vez que as condições já estão criadas para o efeito. A vossa presença massiva (no comício) mostra claramente que Dhlakama já é inquilino da Ponta Vermelha. E isso está fazer com que alguns candidatos respirem fundo. No dia 15 vamos apenas às urnas confirmar a nossa vitória”, disse o candidato da Renamo."Aqui.
-"A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) reivindicou esta quinta-feira, dia 16 de Outubro, vitória nas eleições gerais de 15 de Outubro em Moçambique e disse que não reconhece os resultados eleitorais, anunciou o porta-voz do partido." Aqui. (recorde a adenda 12 aqui)
Nono número da série. Passo ao sétimo ponto do sumário proposto aqui, a saber: 7. Fraude e movimento infra-intelectual de precedência afectiva. Eis um movimento generalizado, clássico, cuja fórmula é muito simples: primeiros os nossos, depois os outros. É a lei do semáforo: o verde para os nossos e o vermelho para os outros. A partir deste movimento, a inferência é primária: a fraude só pode ser provocada pelos outros, jamais pelos nossos. E bastam alguns sintomas de fraude para a generalização ser imediatamente posta em movimento.
Adenda às 08:41: "O Governo anunciou ontem, que vai disponibilizar 300 vagas nas Forças de Defesa e Segurança (FDS) para os homens do braço armado da Renamo, ao abrigo do acordo para a cessação das hostilidades celebrado a 05 de Setembro." Aqui.
-"A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) reivindicou esta quinta-feira, dia 16 de Outubro, vitória nas eleições gerais de 15 de Outubro em Moçambique e disse que não reconhece os resultados eleitorais, anunciou o porta-voz do partido." Aqui. (recorde a adenda 12 aqui)
Nono número da série. Passo ao sétimo ponto do sumário proposto aqui, a saber: 7. Fraude e movimento infra-intelectual de precedência afectiva. Eis um movimento generalizado, clássico, cuja fórmula é muito simples: primeiros os nossos, depois os outros. É a lei do semáforo: o verde para os nossos e o vermelho para os outros. A partir deste movimento, a inferência é primária: a fraude só pode ser provocada pelos outros, jamais pelos nossos. E bastam alguns sintomas de fraude para a generalização ser imediatamente posta em movimento.
Adenda às 08:41: "O Governo anunciou ontem, que vai disponibilizar 300 vagas nas Forças de Defesa e Segurança (FDS) para os homens do braço armado da Renamo, ao abrigo do acordo para a cessação das hostilidades celebrado a 05 de Setembro." Aqui.
27 outubro 2014
Aproxima-se a III Conferência Internacional do Centro de Estudos Africanos
A Comissão Organizadora da III Conferência Internacional (19/20 de Novembro) do Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane numa curta pausa no trabalho desta manhã. Estabelecemos parcerias com cinco hotéis de Maputo, com vista a obter preços preferenciais para os participantes estrangeiros. Confira aqui. E recorde aqui.
Sobre o mexeriquismo político (3)
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No "Savana" 1085 de 24/10/2014, p.19
Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato. Nota: "Fungulamaso" (abre o olho, está atento, expressão em ShiNhúnguè por mim agrupada a partir das palavras "fungula" e "maso") é uma coluna semanal do "Savana" sempre com 148 palavras na página 19. A Cris, colega linguista, disse-me que se deve escrever Cinyungwe. Tem razão face ao consenso obtido nas consoantes do tipo "y" ou "w". Porém, o aportuguesamento pode ser obtido tal como grafei.
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Lançamento em Lisboa dia 2 de Novembro
O que é humor gráfico? - este número, da coleção "Cadernos de Ciências Sociais" da Escolar Editora, será lançado em Lisboa no dia 2 de Novembro, às 16:30, por ocasião do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, numa iniciativa de Osvaldo de Sousa apoiada pela Escolar Editora. Recorde aqui e aqui. Amplie a imagem clicando sobre ela com o lado esquerdo do rato.
26 outubro 2014
Sobre o mexeriquismo político (2)
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Quintas eleições gerais de Moçambique (17)
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Adenda: "CNE analisa milhares de votos inválidos no fim de um apuramento marcado pela suspeição" - título de um trabalho aqui.
Adenda 2 às 05:56: um texto no BDLive sul-africano, aqui.
Ante a profecia nãorealizável da Renamo: o que vai agora suceder? (8)
-"[...] Desta vez a vitória é nossa, uma vez que as condições já estão criadas para o efeito. A vossa presença massiva (no comício) mostra claramente que Dhlakama já é inquilino da Ponta Vermelha. E isso está fazer com que alguns candidatos respirem fundo. No dia 15 vamos apenas às urnas confirmar a nossa vitória”, disse o candidato da Renamo."Aqui.
-"A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) reivindicou esta quinta-feira, dia 16 de Outubro, vitória nas eleições gerais de 15 de Outubro em Moçambique e disse que não reconhece os resultados eleitorais, anunciou o porta-voz do partido." Aqui. (recorde a adenda 12 aqui)
Oitavo número da série. Passo ao sexto ponto do sumário proposto aqui, a saber: 6. Fraude e indução simplificadora. A indução simplificadora irriga uma parte considerável da nossa forma de pensar e de concluir. A sua regra é simples. Por exemplo, se encontramos dois corvos negros, somos tentados a concluir que todos os corvos são negros.
1. Até aqui os corvos que contei na Inhaca são negros
2.[É muito natural que todos os corvos da Inhaca tenham a mesma cor]
3.Os corvos da Inhaca têm a mesma cor
4.Todos os corvos da Inhaca são negros
Apliquemos agora a fórmula da seguinte maneira:
Irregularidades
Fraude
1. Até aqui encontrámos 100 editais fraudulentos
2.[É natural que todos os editais sejam fraudulentos]
3. Nas eleições moçambicanas tem havido processos fraudulentos
4.Todos os editais eleitorais são fraudulentos
Neste tipo de indução, comum em muitas análises e generalizações - incluindo as da Renamo -, estamos perante um pensamento que, filiando a "prova" na confiança acordada à premissa hipotética, a priori, 2, estabelece, com pretensão apodítica, a conclusão 4.
-"A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) reivindicou esta quinta-feira, dia 16 de Outubro, vitória nas eleições gerais de 15 de Outubro em Moçambique e disse que não reconhece os resultados eleitorais, anunciou o porta-voz do partido." Aqui. (recorde a adenda 12 aqui)
Oitavo número da série. Passo ao sexto ponto do sumário proposto aqui, a saber: 6. Fraude e indução simplificadora. A indução simplificadora irriga uma parte considerável da nossa forma de pensar e de concluir. A sua regra é simples. Por exemplo, se encontramos dois corvos negros, somos tentados a concluir que todos os corvos são negros.
1. Até aqui os corvos que contei na Inhaca são negros
2.[É muito natural que todos os corvos da Inhaca tenham a mesma cor]
3.Os corvos da Inhaca têm a mesma cor
4.Todos os corvos da Inhaca são negros
Apliquemos agora a fórmula da seguinte maneira:
Irregularidades
1. Até aqui encontrámos irregularidades em 100 mesas de voto
2.[É natural que todos as mesas de voto tenham irregularidades]
3.Nas eleições moçambicanas tem havido irregularidades
4.Todos as mesas de voto têm irregularidades
2.[É natural que todos as mesas de voto tenham irregularidades]
3.Nas eleições moçambicanas tem havido irregularidades
4.Todos as mesas de voto têm irregularidades
Fraude
1. Até aqui encontrámos 100 editais fraudulentos
2.[É natural que todos os editais sejam fraudulentos]
3. Nas eleições moçambicanas tem havido processos fraudulentos
4.Todos os editais eleitorais são fraudulentos
Neste tipo de indução, comum em muitas análises e generalizações - incluindo as da Renamo -, estamos perante um pensamento que, filiando a "prova" na confiança acordada à premissa hipotética, a priori, 2, estabelece, com pretensão apodítica, a conclusão 4.
25 outubro 2014
"O que é racismo?" lançado ontem em Luanda
Foi ontem lançado na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto, em Luanda, capital de Angola, o número sobre racismo da coleção "Cadernos de Ciências Sociais", editado pela Escolar Editora (autoria: Jaqueline de Jesus do Brasil, Paulo de Carvalho de Angola, Rosália Diogo do Brasil e Paulo Granjo de Portugal, à venda em Maputo),
graças ao empenho do sociólogo Paulo de Carvalho e ao préstimo da
Escolar Editora.
Na foto abaixo, da esquerda para a direita Paulo de Carvalho, co-autor do livro; sociólogo Víctor Kajibanga, apresentador do livro; Luzia Milagre, Vice-Decana da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto; e Etelvino Paulo, representante da Escolar Editora.
Quintas eleições gerais de Moçambique (16)
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Adenda às 07:14: cabeçalho de um texto no Africa Confidential, aqui.
Adenda 2 às 07:42: recorde o boicote da Renamo após as eleições de Dezembro de 1999, aqui.
Adenda 3 às 07:46: deputados da Renamo ocuparam os seus lugares na Assembleia da República em 2010, desafiando a ordem de boicote dada pelo seu partido. Aqui.
Adenda 4 às 09:36: segundo o semanário "Savana" de 24/10/1014, através de um texto do jornalista Francisco Carmona, resultados provisórios mostram vitórias da Renamo em cinco províncias (Manica, Sofala, Tete,Zambézia, Nampula), mas, observa o jornalista, "juntando com os votos do MDM a oposição fica também com Niassa". Aqui. Segue-se um mapa inserto na edição 1085 do semanário:
"À hora do fecho" no "Savana"
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Na última página do semanário "Savana" existe sempre uma coluna de saudável ironia que se chama "À hora do fecho". Naturalmente que é necessário conhecer um pouco a alma da vida local para se saber que situações e pessoas são descritas. Segue-se um extracto reproduzido da edição 1085, de 24/10/2014, disponível na íntegra aqui:
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24 outubro 2014
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