Como cogumelos, prédios enormes vão crescendo na cidade de Maputo, com a mesma velocidade com que cresciam os seus antepassados nos anos 60 e 70 da Lourenço Marques colonial. Velhas casas, velhas mansões, velhos edifícios (alguns creio que de entre 1920 e 1950) vão sendo destruídos, dando lugares a vistosos edifícios destinados a lojas, bancos, apartamentos e parques de estacionamento. Ao mesmo tempo, as zonas verdes vão sendo ocupadas com luxuosas vivendas e luxuosos condomínios. Daqui a mais alguns anos, se o ritmo de construção civil assim prosseguir, a cidade de Maputo ter-se-á esquecido da história urbana. Nenhuma história se mantém se não for desejada e respeitada.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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