20 novembro 2013

Filomena Mudoropa excluída na Nampula matriarcal

A vida pode ter coisas bizarras, mesmo em meio fortemente matriarcal, como é Nampula: a candidata do Pahumo, Filomena Mudoropa, mais o seu partido, foram excluídos do processo eleitoral em Nampula pelo facto dos nomes não constarem dos boletins de voto, lá onde constam os nomes de três homens. Arranjo meu a partir de fotos daqui e daqui. Confira notícia também aqui.
Adenda: vamos agora aguardar pela posição oficial sobre este caso, que julgo ser pioneiro na história das eleições moçambicanas.
Adenda 2 às 19:44: chegou-me ao conhecimento a notícia de que a eleição para a presidência da edilidade de Nampula foi anulada. Não tenho ainda confirmação.
Adenda 3 às 19:47: informaram-me que a fonte da informação da adenda anterior é a TVM.
Adenda 4 às 19:49: o jornalista Antóno Zefanias acaba de me comunicar que foi agredido pelo presidente da mesa 04001106 na cidade de Quelimane, arrancaram-lhe a máquina fotográfica.
Adenda 5 às 19:58: a STV confirmou a notícia da adenda 2, foi embargada a contagem de votos.
Adenda 6 às 20:03: a STV acaba de apresentar um depoimento de Filomena a chorar pela omissão do seu nome e o do seu partido nos boletins de voto.
Adenda 7 às 20:22: sugiro confira este portal aqui.
Adenda 8 às 20:25: as eleições do nosso país na "Deutsche Welle", aqui.
Adenda 9 às 20:30: confira no "@Verdade" aqui e aqui.
Adenda 10 às 20:36: sobre um ataque de homens armados esta manhã à vila da Gorongosa, leia aqui.
Adenda 11 às 21:16: o "Canal de Moçambique" apresenta resultados parciais de duas mesas de voto do município de Maputo, aqui e aqui.
Adenda 12 às 21:29: alguns momentos difíceis poderão surgir quando os resultados parciais começarem a ser divulgados.
Adenda 13 às 21:38: não me é ainda possível avançar qualquer vaticínio sobre a taxa de abstenção.

5 comentários:

Salvador Langa disse...

Pobre Filomena que pertence a um pequenino partido e não tem as costas quentes.

José Corvo disse...

Ora aqui está um tema importante para um sociólogo analisar. É que um sociólogo não atira apenas as questões para o ar para os outros apanharem. Não é verdade? Até que ponto um sociólogo deve ser interveniente no processo social?

Carlos Serra disse...

Caro Senhor,a sua arrogância podia ser moderada.

Helio Nganhane disse...

Professor Serra deixa o José Corvo,

Ele nem sabe mesmo o impacto daquilo que escreveu, muito menos tem a noção da importância que O "Diário de um Sociólogo" tem para muita gente espalhada pelo pais e pelo mundo, eu quase vivo conectado a ele.
Perdoa a ele.

nachingweya disse...

Quero crer que a omissão da Senhora não está presa a alguma intenção de favorecer fraudulentamente um outro candidato. Mas não deixa de ser um desleixo grosseiro do funcionamento dos orgãos eleitorais que merece um reparo juridico-disciplinar. Os custos são elevados e lá está também o meu imposto.
Verdade é que este incidente traz consigo um elemento novo: Em lugar de um feriado nacional para as eleições autarquicas não seria possivel realiza-las cada uma no seu dia, adoptando-se, por exemplo, o dia da cidade, vila ou aldeia autarquica do ano eleitotal para a votação enquanto as outras autarquias produzem?
PS: Confesso que não percebi nem a "acçao" do Sr Corvo nem a reacção do Prof Serra. Nem me parece que um sociologo deva gastar tempo com as gralhas que acontecem nas impressoes de jornais, boletins (e ate livros ) de todos os dias e nem que falte obra do sociologo Carlos Serra.