14 novembro 2013

Diário de campanha (6)

Sexto número da série. Os candidatos tudo fazem para produzir o efeito cénico e persuasivo das multidões de admiradores, como  as duas fotos acima mostram, na primeira o candidato da Frelimo em Quelimane, Abel Henriques, na segunda o candidato do MDM na mesma cidade, Manuel de Araúdo (fotos enviadas por António Zefanias do "Diário da Zambézia"). Enquanto isso, o candidato da Frelimo na Matola, Calisto Cossa, tem uma convição inabalável: em Moçambique só existe uma opção, a do seu partido. Por isso - disse -, as pessoas devem acautelar-se com aqueles "indivíduos com promessas e mensagens faltas". Aqui. Mas o candidato do MDM para o município da cidade de Maputo parece não estar convencido e apresenta no seu programa opções inéditas, prometendo, por exemplo, aos vendedores, uma clínica com consultas gratuitas e acesso garantido para os filhos nas escolas até à 7.ª classe. Aqui (imagem do CIP).
(continua)
Adenda às 7:53: confira o Boletim sobre o Processo Político em Moçambique (41), com data de hoje, aqui.
Adenda 2 às 08:17: leia este texto aqui.
Adenda 3 às 08:50: os kits especiais contendo, por exemplo, camisetes, bonés e capulanas, continuam a ser o cavalo de batalha em certas campanhas de propaganda. Isso, aliado aos panfletos.
Adenda 4 às 14:09: as paradas nas promessas são altas. Assim, o candidato da Frelimo a edil da Matola prometeu um hospital aos residentes ao Bairro do Língamo. Aqui.

2 comentários:

nachingweya disse...

O problema com as campanhas é que quase todas as candidaturas têm por cavalo de batalha comodidades que não são nem planeadas nem orçamentadas a nível municipal. São exemplos a expansão das redes eléctrica e de água cuja planificação ainda é central e tem por campo de acção os 800 000 Km quadrados que compõem Moçambique; não apenas as 53 autarquias.
Nenhum dos candidatos- nem os que se recanditam- conhece o nível de receitas e despesas municipais dos ultimos 5 anos- porque por enfermidade do sistema as contas autarquicas são tudo menos públicas- para poder fundamentar as suas promessas. Dar água, electricidade, estrada e ponte, hospitais e linhas ferreas não são responsabilidades municipais. Em alguns casos podiam sê-lo como foi exemplo o Serviço Municipalizado de Água e Electricidade (SMAE e SME) no tempo colonial em Lourenço Marques e Beira. Seria uma rica fonte de receita que hoje esta a ser drenada para empresas como Engco, Megawatt, Linea... Mas por hora não são e é burla usá-los como promessa de campanha.BURLA.
Maputo e Matola ainda podem falar das Empresas Municipais de Transporte Público, o aborto do penúltimo Ministro de Transporte e Comunicações.

Salvador Langa disse...

Calculo que 5 a 12 autarquias passarão aos MDMs se não houver batota.