Décimo segundo número da série, dedicada ao estudo das reacções populares à morte do presidente norte-coreano e, em particular, de certas reacções na imprensa ocidental sobre a autenticidade das primeiras. No número nove propus-vos mais quatro pontos destinados a orientar os textos seguintes. Prossigo no segundo, a saber: 2. Imprensa, "guerra fria", política e manipulação.
Há muitas décadas confrontada por um lado com a guerra ou com a ameaça de guerra e, por outro, com a propaganda especialmente elaborada pelos Estados Unidos, a Coreia do Norte parece possuir possantes instrumentos de controlo, propaganda e reelaboração simbólica da realidade veiculada nacional e internacionalmente pelo regime que a governa, eventual espécie de Big Brother tentacular, regime atento aos mais ínfimos detalhes da vida dos seus cidadãos e cioso de obediência visível a cada momento.
Prossigo mais tarde.
Nota: confira o seguinte título disseminado por muitos portais: Cenas de desespero no funeral de Kim Jong-il; confira os 181 comentários a um texto de Carlos Vidal, aqui; estude este documento aqui. Imagem reproduzida daqui.
(continua)
4 comentários:
Ora aqui está, temos a mania de só ver a propaganda nos mauzões comunistas, os bonzões democratas são só bonzões.
Completamente de acordo, Coreia do Norte tem muito a ver com a propaganda contrária, é muitas vezes uma criação dessa propaganda.
Esses Djong-ils sabem do ofício...
Continuando a dissertacao iniciada no post anterior...
"...The new leader, Kim Jong Un, is apparently part of a small family group led by an aunt and uncle, who are preparing a list of who is considered naughty and who is considered nice. The tension is causing a lot of unhappiness, but all is expected to be revealed within a month. If not, a large shipment of tranquilizers would be in order.
China does not want to send pills, and expects the new leadership to follow instructions and enact meaningful economic reforms while maintaining tight political control. The Chinese are willing and able to help with both of these programs but the northern leadership has to act. This makes the northern bureaucrats nervous, because few have any experience with a market economy, and have noted that many Chinese officials suffered from that lack of experience in the 1980s and 90s, when China switched to a market economy..."
Note-se porem que nao ha causa sem efeito. Isto e, se a propaganda dos EUA reduzisse o seu impeto, a Coreia do Norte criaria motivos para que ele voltasse novamente crescer. Isto e um aspecto muito bem percebido por Seul e mesmo por Toquio e Beijing, que regra geral, evitam sempre amplificar as provocacoes de Pyongyang muitas delas, com objectivo regenerador do sistema. E que a natureza destes regimes e sempre transferir os seus problemas internos para causas externas. Ja aos EUA, convem esta situacao de tensao permanente, pois e a unica maneira de continuar a justificar a sua presenca na regiao que mais proximo esta de instalacoes estrategicas de outras superpotencias rivais, a China e a Russia. E de uma superpotencia economica que poderia ser nuclear se o desejasse, Japao.
Portanto, mesmo desavindos, Washington e Pyongyang tem escrito direito por linhas tortas, como soi dizer-se.
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