Décimo quarto número da série, dedicada ao estudo das reacções populares à morte do presidente norte-coreano e, em particular, de certas reacções na imprensa ocidental sobre a autenticidade das primeiras. No número nove propus-vos mais quatro pontos destinados a orientar os textos seguintes. Prossigo no terceiro, a saber: 3. Identidade e reacção colectiva.
Acontece frequentemente que quem fala da Coreia do Norte pouco sabe dela, mas ao mesmo tempo faz fé de que muito sabe. Por exemplo, Anthony Daniels, psiquiatra e escritor, visitou uma vez o país em 1989 e isso foi o suficiente para escrever o seguinte: "É uma mistura terrível de medo, terror e apreensão em relação ao futuro, histeria em massa e, possivelmente, também de dor verdadeira". Mas logo de seguida a prudência readquiriu os seus direitos e Daniels corrigiu assim: "É muito difícil saber qual é a realidade. Acho que nunca vamos saber. Existem barreiras culturais enormes e, além disso, temos que lembrar que se trata de um regime em que o que não é proibido é obrigatório. É muito difícil saber qual é o verdadeiro estado de espírito dos cidadãos." Aqui e aqui.
Prossigo mais tarde.
Nota: confira o seguinte título disseminado por muitos portais: Cenas de desespero no funeral de Kim Jong-il; confira os 181 comentários a um texto de Carlos Vidal, aqui; estude este documento aqui. Imagem reproduzida daqui.
(continua)
4 comentários:
Ora aqui está problema, o verdadeiro problema: tomar a nossa "verdade" pela verdade coreana.
Bem, entao qual e a verdade?
Se calhar a "verdade" é mais complicada.
Verdade segundo grupos, interesses e culturas, talvez.
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