Partidos políticos da oposição e movimentos civis contestando a candidatura do presidente Abdoulaye Wade à presidencial do próximo mês no Senegal pediram aos Senegaleses que marchassem para o palácio presidencial e desalojassem Wade, depois que o Conselho Constitucional validou a sua candidatura mas recusou a de Youssou Ndour. Aqui e aqui. Recorde uma postagem minha do dia 3 do corrente neste diário aqui.
Adenda às 17:52: confira um trabalho no GuinGuinBali, aqui.
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2 comentários:
Sr Wade, o pretendente a eterno...
Não me parece que a lei eleitoral tenha sido violada. Há um problema de validação das assinaturas por parte da candidatura de Ndour, logo o que ele deveria fazer (e fê-lo) era recorrer da decisão exibindo provas de que a mesma foi errada. Por isso, estas manifestações não fazem sentido e sujam a sua imagem conciliadora. Mas eu já havia dito que Ndour (tal como Weah na Libéria o foi) não passava de um golpe de marketing político muito mal ensaiado.
Quanto ao sr. Wade, a coisa já é diferente. Usando o savoir-faire angolano, conseguiu alterar a constituição para permitir a eleição em três mandatos. Isto não é novo no anel da francofonia. Quando o sipaio é bom, o patronato muda as regras a seu bel-prazer. Lembro-me em particular do antigo presidente do Benin, que gostava de ser tratado como "patrão". Ou de Omar Bongo, no Gabão. Fala-se tanto da sucessão dinástica na Coreia do Norte por estes dias, que ninguém se lembrou que muito antes haviam mini-coreias do norte espalhadas pelo continente negro. Olha o Benin. Olha o Gabão. Olha o Togo. Olha a Guiné-Equatorial. Olha o que se deseja em Angola. E o que se desejava na Líbia...Egipto...enfim.
E se povo não concordar com isto, então que se mude o povo para outras paragens!...
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