De novo o nosso país foi severamente afectado pela intempérie que causou mortes e estragos materiais avultados. Cidades e zonas rurais foram atingidas, muitas pessoas perderam as suas casas, a tristeza e o medo instalaram-se em muitos lares.
Dissemos e dizemos algo como: a natureza foi uma vez mais madrasta. Não é por acaso que no nosso vocabulário existem expressões do género “calamidades naturais”. Na verdade, a natureza aparece como algo independente do social, da acção humana, como algo reificado que possui em si mesmo a razão de ser dos problemas surgidos. Este é um antropomorfismo tenaz.
Custa aceitarmos que uma parte significativa dos problemas que parecem naturais é socialmente provocada, quer pelos inúmeros e múltiplos estragos que causamos na natureza, quer pela incúria na activação de defesas preventivas.
As calamidades naturais podem ser, afinal, bem “naturalmente” sociais.
Dissemos e dizemos algo como: a natureza foi uma vez mais madrasta. Não é por acaso que no nosso vocabulário existem expressões do género “calamidades naturais”. Na verdade, a natureza aparece como algo independente do social, da acção humana, como algo reificado que possui em si mesmo a razão de ser dos problemas surgidos. Este é um antropomorfismo tenaz.
Custa aceitarmos que uma parte significativa dos problemas que parecem naturais é socialmente provocada, quer pelos inúmeros e múltiplos estragos que causamos na natureza, quer pela incúria na activação de defesas preventivas.
As calamidades naturais podem ser, afinal, bem “naturalmente” sociais.
5 comentários:
Subscrevo na íntegra.
http://sanambiental.blogspot.com/2009/03/relatorio-inedito-mostra-situacao-da.html
Concordo.
Chega só ver como estão as nossas cidades e as estradas...
Causa e efeito...Vide o paradigmatico exemplo da Zambezia.
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