Prosseguindo a série. Hoje os momentos são outros, a roda da história parece ter outra história, as maneiras por que se lê e se analisa o que se passa utiliza estradas diferentes. Tenho para mim que não é má ideia recordar extractos de um texto de Samora Machel e retomar contacto com categorias analíticas que parecem perdidas, num país como o nosso onde é cada vez mais forte a presença do Capital internacional e, em particular, do Capital mineiro (clique na imagem abaixo com o lado esquerdo do rato para a ampliar):
Referência: Machel, Samora Moisés, O processo da revolução democrática popular em Moçambique (1970?). Maputo: Departamento de Informação e Propaganda, 1976, in Colecção estudos e orientações, Instituto Nacional do Livro e Disco, 1980, 78 pp.
(continua)
3 comentários:
Aqui também o discurso é completamente outro.
Ora aqui estão eles, os lucros. E hoje?
Analises "naives" de economistas amadores, que possivelmente imaginavam estar a reviver a Comuna de Paris. E o factor tecnologico nao conta nas suas analises? E a diminuicao do numero de trabalhadores nos varios sectores foi tao significativa, que merecesse grandes reparos?
Facto. Os salarios cresceram para o dobro. Mas nao cresceram em progressao geometrica, como e evidente. E nem poderiam. Pois, os reinvestimentos. E os endividamentos a Banca nacional e internacional? Nao contam nas suas analises sociais? Ate da impressao que o patronato fora ja declarado inimigo publico N1 da FRELIMO...E sobre a florescente industria transformadora, dessa nem um pequeno destaque...
Parece-me que aqui e que esta a grande divergencia entre o pensamento de esquerda e o da direita. Enquanto no capitalismo ha distribuicao desigual da riqueza, que se tenta compensar com programas sociais e outros. No socialismo, propoe-se a igual distribuicao da miseria para todos, sem apelo, nem agravo. Pois, parece mais importante dar emprego a todos os cidadaos, do que alavancar a economia com aquilo que lhe faz movimentar: O DINHEIRO.
Foi uma escolha. Os resultados sao sobejamente conhecidos. Porque o que Mocambique sempre precisou e de profissoes, nao de empregos!
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