07 outubro 2011

De uma entrevista

Socióloga Maria Orlanda Pinassi: "Quanto mais o capital progride, mais recua a perspectiva revolucionária dos trabalhadores. O desemprego estrutural e a perda progressiva das conquistas trabalhistas são os principais motivos do refluxo da luta que cada vez mais assume contornos defensivos. Por outro lado, trabalhadores desempregados procuram, na mesma proporção, novas formas de representação político-organizativa, novas formas de aflorar a luta de classes, através de movimentos sociais de massas, cujas estratégias são baseadas, sobretudo, em ocupações de terra e de prédios públicos. Fora do controle imediato do Estado, essas estratégias põem à prova a verdadeira dimensão da democracia burguesa que vem se assumindo com muita desenvoltura os papéis que tradicionalmente foram desempenhados por regimes autoritários, fascistas. Neste caso, portanto, a criminalização dos movimentos e a repressão vêm para o primeiro plano na relação que o capital estabelece com o trabalho." Aqui.

3 comentários:

ricardo disse...

As sociedades sao dinamicas. E os processos de luta tambem... Ja ninguem discute a maquina a vapor, no lugar de dezenas de pessoas.

Xiluva/SARA disse...

Sinceramente gostei de ler, sai fora da rotina e põe a gente a pensar...

Salvador Langa disse...

Ainda bem que ainda há gente capaz de pensar fora do 'único".