O economista António Siba-Siba Macuácua foi assassinado há dez anos. Recorde neste diário aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
5 comentários:
Certamente há quem sabe quem o matou. Mas nunca saberemos quem.
Nunca saberemos.
E ainda por cima confortaram a viúva e abraçaram os miúdos
Mário Lithuri
Imaginem o filho de Siba-Siba porta-voz do CM dentro de alguns anitos. Sem nenhum calo próprio mas a mandar trabalhar o povo já saturado de tanto desiquilibrio social.
Dèjá vu?
Ah! o que os doces fazem à fome...
Ah! De que é capaz um povo cansado de nós.
Um dia saberemos. Tal como soubemos de Patrice Lumumba, contado por seu carrasco no leito de um hospital de Bruxelas, em estado terminal...
Porque os que o fizeram, foram bem recompensados. Para ficarem calados, para adormecer a opiniao publica com historias da carochinha. Mas um dia, o dinheiro e o conforto acabam e ai, alguem fica descontente e decide vender a "sua" historia.
Um bom exemplo disso, e o "Dossier Makwakwa" da autoria de Paulo de Oliveira, ex-Renamo e ex-SNASP que hoje vive em Lisboa a destilar raiva contra os seus antigos mentores. Quem diria por exemplo, que o deputado Mascarenhas da RENAMO, assassinado na Beira em circunstancias que tais, pois o seu cadaver foi encontrado nu, ainda era - segundo Oliveira - um membro activo do SISE? Pelas suas demolidoras intervencoes na AR, mesmo se sabendo a sua origem (chefe operativo do SNASP), era profundamente convincente quando defendia a sua bancada.
E assim e a vida.
Por isso, acredito, um dia saberemos, provavelmente de Kuala Lumpur ou ate de Luanda, quem e que se aborreceu com a ousadia deste jovem economista de 34 anos de mandar publicar listas de devedores do Banco Austral no diario de maior circulacao de Mocambique.
Enviar um comentário