Quando festamos, quando dançamos, quando comemos e bebemos, relaxamos os nossos mecanismos de prevenção e defesa. O que é precaução esboroa-se, o que é desconfiança erosa-se: as nossas portas de entrada são abertas, tornamo-nos faladores, abertos, transfronteiriços, porosos. A mágoa cede lugar à alegria, o cepticismo ao optismo, a razão presta continência aos sentidos. Tudo isto porque, há momentos, observava uma festa na qual as pessoas dançavam e o som da aparelhagem imperializava por inteiro os meus tímpanos.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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