25 setembro 2006

Consciência jurássica


Maputo, sábado, Av.ª Friedrich Engels, Jardim dos Namorados, faz um sol lindo, chegam e partem as comitivas ruidosas dos noivos recém-casados com a benção dos respectivos grupos corais.
Duas jovens passam devagar, no sentido ascendente da avenida, catorzinhas, ambas calçam sapatilhas coloridas nos pés direitos e botins nos esquerdos, uma delas coxeia, provavelmente porque um dos botins a magoa. Nas cabeças, mechas vermelha uma, castanha outra.
Em sentido contrário passam mulheres com vestidos garridos, todas com os habituais folhos nos ombros, típicos dos trajes das deputadas e das acompanhantes dos casamentos, sinal de quarentonas severas, ainda que sempre predispostas à dança e ao menear das ancas.
Todo o meu estoque rotineiro de estética corporal fica empenado ante as sapatilhas e os botins.
Esboço a tentativa de me aproximar das catorzinhas e entabular diálogo com a diferença para conhecer o segredo daquela assimetria no calçado.
Mas desisto, procurando digerir a minha consciência jurássica.

3 comentários:

Marga F. Rosende disse...

Estoy muy intrigada del motivo de la asimetría. Le ruego que en beneficio de la sociología de la moda, la proxima vez, pregunte.
Y luego nos lo cuenta, por favor.
;-)
Saludos

Carlos Serra disse...

Mi problema es entender por qué las muchachas jóvenes llevaban puesta en un pie una bota como en otro "sneackers". Probablemente, el modo más simple de explicar este es percibirlo como moda (dios, mi dios, mi español pobre!). Este no dice nada y al mismo tiempo dice todo. Trataré de investigar.

Anónimo disse...

Desiste? Nao pretende entender ou prefere continuar na sua consciencia jurassica? Parece mais comodo mas menos seu. Bjs.Tuchamz